CPI: Renúncias e Sonegações Fiscais (Foto: Marcos Lopes/ALMT)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscais acatou pedido do empresário, sócio-proprietário da Bom Futuro e cooperado Eraí Maggi e transferiu o seu depoimento para esta quinta-feira (24), às 8 horas, na sala 202, no segundo piso do prédio da ALMT. O empresário que seria ouvido na tarde de hoje, solicitou a mudança de horário e teria confirmado a presença aos deputados Gilmar Fabris, Emanuel Pinheiro, Max Russi e Dr. Leonardo, segundo informou o presidente da CPI, deputado José Carlos do Pátio.

A CPI quer saber sobre as transações efetuadas na Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat). Segundo José Carlos do Pátio, Eraí detém 80% da cooperativa. Outro fato a ser explicado é por que a cooperativa tem 36 associados, mas, desses, 22 não fazem nenhuma movimentação, não compram ou vendem insumos ou commodities agrícolas. “É um financiamento grande de poucas pessoas, sendo que a cooperativa é para muitas pessoas trabalharem”, questiona Pátio.

Pátio fez um balanço da comissão e disse que ela já se consolida como a maior CPI da história de Mato Grosso, com quase 500 volumes de relatório contendo investigações realizadas em 150 empresas. Segundo ele, as apurações apontam pelo menos R$ 2 bilhões, que foram sonegados ou mal aplicados no Estado. 

A CPI investigou três frentes: Regime Especial, Incentivo Fiscal e Cooperativas. Nos dois primeiros itens – regime fiscal e incentivos fiscais - a fase de oitivas foi concluída. No regime fiscal, o relatório está concluso e nos incentivos fiscais está sendo ultimado. No caso das cooperativas, a CPI ainda está em fase de oitivas.

A expectativa é de que o depoimento de Eraí Maggi possa trazer esclarecimentos de fatos como os constatados nas investigações, de que 83% da movimentação financeira da Cooamat eram decorrentes de apenas três associados, todos sócios do Grupo Bom Futuro.