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Segunda-feira, 23 de abril de 2018 16h31


DEMOCRATIZAÇÃO

Allan defende participação popular no debate sobre futuro do Pantanal

Entre as discussões mais polêmicas para a Lei do Pantanal, está a liberação da agricultura de grande escala na região

TEO MENESES / Gabinete do deputado Prof. Allan Kardec



Foto: Karen Malagoli

O professor e deputado Allan Kardec (PDT) defendeu a participação popular no debate acerca do futuro do Pantanal. A defesa foi feita nessa segunda-feira (23), durante audiência pública realizada pelo Senado em conjunto com a Assembleia Legislativa para discutir o projeto de lei que visa estabelecer a lei geral da região abrangida pelo bioma.

O evento contou com a participação de estudiosos, associações de produtores, agentes públicos, estudantes, a bancada de Mato Grosso no Senado e o senador Pedro Chaves (PRB), relator do projeto de lei 750/2011. A proposta visa promover a preservação e o desenvolvimento sustentável do bioma, que abrange Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil.

“Muito importante essa discussão aqui. Ela tem a ver com o maior patrimônio ecológico ambiental do mundo, que é o nosso Pantanal. Sei que dentro do espaço já existe a pecuária há quase 150 anos. Já tínhamos gado aqui em 1890, mas a agricultura de expansão é mais complexa. Já avançou obre o cerrado e a floreta amazônica com muitos impactos. Aqui, o Pantanal terá um defensor ferrenho na Assembleia”, afirmou Allan.

Relator de uma proposta para elaboração de uma lei estadual que deverá estabelecer a Lei do Pantanal, Allan aproveitou a audiência pública para convidar especialistas, estudantes e autoridades para se juntarem a moradores da região. Isso porque ele realizará uma audiência pública no dia 3 de maio, em Mimoso, distrito de Santo Antônio de Leverger, onde serão discutidos também temas como a construção de pequenas centrais hidrelétricas no Pantanal, fornecimento de energia elétrica, entre outros. O evento ocorrerá a partir das 19h, na Escola Estadual Santa Claudina.

“Há muito tempo, a pecuária no Pantanal ajuda, por exemplo, a adubar o terreno. Mas temos que entender que a agricultura já avançou de forma complexa sobre os demais biomas e, por isso, a agricultura de expansão no Pantanal tem que ser vista com mais cautela. Defendo apenas a agricultura familiar na região e o desenvolvimento sustentável que privilegie o turismo”, completa Allan.

Representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), pequenos produtores, deputados estaduais, entre outros, também participaram da audiência pública realizada na Assembleia.

Entre as discussões mais polêmicas para a Lei do Pantanal estão a liberação da agricultura de grande escala na região, a criação de um fundo nacional para preservação do bioma, a inclusão das regiões de cabeceiras, como a bacia do Alto Paraguai, na Lei do Pantanal, entre outros.


Gabinete do deputado Prof. Allan Kardec