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Quinta-feira, 13 de junho de 2019 11h30


PREVENÇÃO

Projeto de lei que institui plano de combate ao suicídio e automutilação é proposto na ALMT

Ainda segundo o deputado, outra tendência recente, é a disseminação de lesões, divulgadas por redes sociais, como exemplo os desafios intitulados Baleia Azul e Momo

LUCIENE LINS / Gabinete do deputado João Batista



Foto: Marcos Lopes

Preocupado com o bem-estar e a preservação da vida dos cidadãos mato-grossenses, o deputado estadual João Batista (Pros) apresentou na última quarta-feira (12), projeto de lei que visa incluir a prática da automutilação no Plano Estadual de Combate ao Suicídio - já instituído no estado por meio da Lei 10.598/2017.

De acordo com João Batista, o objetivo é prevenir casos de autoagressão que, muitas vezes, tem como consequência o suicídio, segundo ele, a curiosidade e a necessidade de se sentirem aceitos são alguns dos fatores que tem afetado drasticamente os adolescentes em período de transição entre a infância e a vida adulta.

“Infelizmente, por vergonha, medo, ou sentimento de culpa, dificilmente esses jovens procuram ajuda, por isso, os pais, responsáveis e os educadores devem ficar em estado de alerta a alguns sinais, como uso constante de casacos e roupas de mangas compridas, mesmo em dias quentes, além de quadros de tristeza ou melancolia constante” ponderou o parlamentar.

Ainda segundo o deputado, outra tendência recente, é a disseminação de lesões, divulgadas por redes sociais, como exemplo os desafios intitulados Baleia Azul e Momo. “Jogos virtuais como estes, em que jovens e crianças são obrigados a cumprirem metas que muitas vezes envolvem suicídio e autolesão, despertam a curiosidade e tendem a estimular a prática do ato”, frisou João Batista.

A matéria partiu de  um estudo técnico contendo dados considerados preocupantes, entre eles, a estatística de que aproximadamente 30% dos jovens em idade escolar se automutilam no Brasil. “A automutilação, atualmente, tem recebido atenção de pesquisadores em diversas áreas, dentre elas a psicologia e a psiquiatria, devido ao aumento do número de casos evidenciados em espaços escolares e expostos nas mídias sociais”, relata justificativa da proposta.

Na conclusão, a automutilação é conhecida também como cutting ou autolesão não suicida, que se define como comportamento repetido do próprio indivíduo de infligir lesões superficiais, embora dolorosas, em partes do corpo, tais como: bater a cabeça, esbofetear a face, colocar o dedo nos olhos, cortes, queimaduras, morder as mãos, os lábios, entre outras.

 “Tais comportamentos estão cada vez mais frequentes entre jovens e adolescentes. O ato em si não é uma doença, mas um sintoma que esconde o verdadeiro problema daquele que o pratica, como uma depressão, transtornos de ansiedade, além de outros a quadros de impulsividade. Por esses e outros motivos, reitero a importância da aprovação desta matéria”, finalizou João Batista.


Gabinete do deputado João Batista