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Segunda-feira, 23 de novembro de 2020 12h35


MANDATO TEMPORÁRIO

Em balanço sobre passagem pela ALMT, deputado afirma que tentou “quatro anos em dois meses”

Henrique Lopes teve 18.300 votos no pleito eleitoral de 2018 e foi o 21º mais votado

BRUNA BARBOSA PEREIRA / Gabinete do Deputado Henrique Lopes



Deputado Henrique Lopes atuou como parlamentar durantes dois meses na ALMT

Foto: JLSIQUEIRA / ALMT

Prestes a encerrar o mandato temporário na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, onde atuou como parlamentar durantes dois meses, o deputado estadual Henrique Lopes ressaltou que tentou trabalhar como faria em quatro anos. Ainda durante o período, Henrique buscou avançar em pautas da educação e criação de políticas públicas para a comunidade negra, indígenas e outras minorias da sociedade.

O deputado ocupou uma das cadeiras da ALMT durante licença do deputado Valdir Barranco, que se dedicou em campanha ao Senado e de quem é primeiro suplente. Na quarta (25), data em que deve participar de sua última sessão na ALMT, o parlamentar ainda participa de uma reunião com o secretário estadual de Educação, Alan Porto, das 8h às 10h. Henrique destacou que não poderia deixar o mandato sem convocar Porto à Casa para esclarecer qual o compromisso do estado com as questões educacionais. 

“Dado ao retrocesso sem precedentes que acontece em Mato Grosso, conversei com o presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho, para que convidássemos o secretário estadual de Educação. Fizemos um requerimento oficial de convocação, ocorre que isso precisaria ser primeiro aprovado pela Casa e depois a data seria estabelecida. Ficaria muito tarde, visto que o problema já está acontecendo”, disse. 

O parlamentar ressaltou que o ataque à gestão democrática, prevista na Lei 7.040/1998, por meio da suspensão de eleição dos diretores das unidades escolares, e o fechamento de cerca de 300 escolas estaduais, Centros de Educação de Jovens e Adultos (Cejas), reorganização e extinção dos cargos dos Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação (Cefapros), alteração na estrutura das assessorias pedagógicas e não cumprimento do Plano Estadual de Educação são temas urgentes em Mato Grosso. 

“Não concordamos com o fim da gestão democrática, o diretor precisa ser eleito pela comunidade escolar. É óbvio que não podemos pegar um diretor que nada tem a ver com a vivência de determinada comunidade escolar, primeiro porque educação é um processo, quem está no espaço precisa ter vivência na comunidade escolar para fazer as devidas intervenções. Não temos problemas com a prova para seleção dos diretores, mas que se respeita a decisão da comunidade através do voto. E segundo, diretor não é cargo, é uma função do professor das comunidades escolares”, explicou. 

Mandato Itinerante - Durante os dois meses em que esteve na ALMT, o parlamentar optou pela itinerância e visitou mais de 35 escolas do interior de Mato Grosso. Durante o trabalho de fiscalização, Henrique recebeu ofícios com as demandas escolares que foram transformados em requerimentos. 

“Como tivemos que correr para tentar apresentar quatro anos em dois meses, escolhi fazer o mandato itinerante para poder visitar o máximo possível de escolas. A demanda de problemas estruturais é muito grande. Algumas estão desabando pois não passam por reformas há mais de 40 anos. Banheiros sem condição alguma de serem utilizados, salas sem climatização, computadores sucateados, etc. Também tem a questão do desperdício de dinheiro público em obras escolares que tiveram a maior parte da estrutura erguidas, mas que nunca foram concluídas. Esses prédios que podiam receber novos alunos são depredados e saqueados constantemente”, avaliou.


Gabinete do Deputado Henrique Lopes


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