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Segunda-feira, 8 de novembro de 2021 17h12


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Comissão de educação debate implantação do ciclo de formação humana nas escolas estaduais

A secretária de Educação de Cuiabá apontou que o município começou muito timidamente, mas hoje possui um programa com mais de 1.300 crianças

JOSÉ LUIS LARANJA / Secretaria de Comunicação Social



Foto: Ronaldo Mazza

Os membros da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto, realizada hoje (8), debateram a formatação da metodologia de ciclo de formação humana na rede municipal de ensino de Cuiabá. Na ocasião, a secretária municipal de Educação de Cuiabá, Edilene de Souza Machado e equipe técnica da pasta, fizeram uma explanação sobre o assunto com apresentação da proposta na capital mato-grossense. A iniciativa faz parte de uma sucessão de debates com o objetivo de levantar sugestões para a melhoria da qualidade da educação pública no estado.

O presidente da comissão, deputado Wilson Santos (PSDB) afirmou que a reunião proporcionou acompanhar de perto como está sendo a experiência do ciclo de formação humana desenvolvido nas escolas de Cuiabá.

“Este é um projeto que começou em meados da década de 1990 o qual hoje tem em Cuiabá uma das referências para todo o país, como uma escola ciclada eficiente. Há um percentual de aprendizado elevado, há um percentual de evasão diminuto, e a experiência cuiabana tem servido para várias capitais e municípios do Brasil”, destacou Santos.

De acordo com o presidente da comissão, a “Escola Ciclada de Mato Grosso” é uma proposta que pretende enfrentar o fracasso escolar presente no sistema de ensino.

“Pautada pelo respeito aos ritmos diferenciados, os ciclos propõem uma flexibilização dos tempos escolares para as aprendizagens. É uma experiência bem-sucedida, já caminhando para sua terceira década”, revelou ele.

Para o deputado, “a escola ciclada está num patamar acima da escola seriada, a qual todos somos oriundos. Sendo que das 727 da rede estadual, todas são “cicladas”, porém, não há um material didático específico para as escolas cicladas na rede estadual”, apontou Santos.

Vale destacar que na teoria, a Escola Ciclada propõe um ensino interdisciplinar sustentado pela cooperação entre os professores das diferentes áreas de conhecimento, com vistas a atuar nas situações-problemas para que o aluno possa entender a complexidade do todo na aquisição do conhecimento.

A secretária de Educação de Cuiabá, Edilene de Souza Machado, apontou que o município começou muito timidamente, mas hoje a capital mato-grossense possui um programa com mais de 1.300 crianças especiais inclusas.

“Trabalhamos com os pilares da cultura, tempo de vida, direito de aprendizagem e inclusão social. Fomos buscar experiência positiva no município de Sobral (CE), que é exemplo de escola ciclada para o país”, disse ela.

Conforme a diretora-geral de ensino da Secretaria de Educação de Cuiabá, Mabel Strobel, uma das idealizadoras do programa na década de 1990, vários são os fatores que interferem na qualidade do ensino, como, por exemplo, professores bem qualificados e preparados, estrutura física, material didático, capital cultural, entre outros.

“Isso serve para ilustrar o quão complexa é a questão. Responsabilizar a escola ciclada por um ensino que não responde aos anseios de uma educação de qualidade é ser reducionista. Estive desde o início de quando começou a discutir o assunto na rede pública do Estado de Mato Grosso, e entendo que estamos no caminho certo”, esclareceu Mabel.

Participaram também de forma remota, representantes da Secretaria de Estado de Educação do distrito Federal, associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE), além da coordenadora de ensino Magda Gomes dos Santos, representando o secretário estadual de Educação, Alan Porto.


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