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Sexta-feira, 9 de outubro de 2020 11h09


PARCERIA

CST conhece trabalho desenvolvido na Casa das Pretas

Mato Grosso possui 60% da população negra e afrodescendentes. Cuiabá tem 54% da população de afrodescendentes e não temos nenhum referencial, como memoriais e museus.

JOSÉ LUIS LARANJA / Secretaria de Comunicação Social



Foto: JLSIQUEIRA / ALMT

ACâmara Setorial Temática da Mulher (CST) fez uma visita, no dia 9, para conhecer as instalações da Casa das Pretas, no centro histórico de Cuiabá. Na oportunidade, a presidente da Câmara, professora Jacy Proença, conheceu a estrutura do local e os trabalhos desenvolvidos pela Casa, inaugurada no sábado (3).

“A visita tem por objetivo colocar a CST das Mulheres à disposição do Instituto de Mulheres Negras (Imune) para ver o que podemos apoiar a Casa das Pretas. Marcamos essa visita para conhecer esse espaço que já era um antigo sonho do Instituto e necessitava ter um local para desenvolver o trabalho que ele desenvolve ao longo dos 18 anos”, disse Jacy Proença.

A Casa das Pretas oferece oficinas de artes plásticas para as mulheres que frequentam o local, além de rodas de conversas, assessoria jurídica e psicológica. Há também espaço para biblioteca e, futuramente, dormitórios.

“Trata-se de um espaço formidável onde, a pessoa se sente acolhida com esse ambiente, tem uma afinidade direta com a Câmara Setorial da Mulher”, afirmou Proença.

Para a presidente da Casa das Pretas, Antonieta Luísa Costa, o local proporciona dar vez e voz as mulheres negras de Cuiabá e do Estado.

“Desenvolvemos esse trabalho propondo políticas públicas e ações afirmativas. Mato Grosso possui 60% da população negra e afrodescendentes. Cuiabá tem 54% da população de afrodescendentes e não temos nenhum referencial, como memoriais e museus. A criação da Casa das Pretas é um espaço para a disseminação da cultura, voltado para encontro da população negra”, revelou Antonieta.

Foto: JLSIQUEIRA / ALMT

A presidente da Casa destacou também que o local vai servir para atender e apoiar projetos de desenvolvimento sustentável, econômico, cultural e social voltados para a população negra.

Esse é o caso da professora Lídia Dju, natural de Guiné Bissau. Ela já fazia parte do Imune e agora participa da Casa das Pretas, prestando serviços de cabeleireira.

Ela disse que está no Brasil há doze anos e se formou em letras pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Atualmente dá aulas de língua portuguesa na Escola Estadual Leovegindo Melo, que fica no CPA III, na capital.

“A criação da Casa das Pretas é muito importante, porque agora temos um espaço para mostrar nossos trabalhos e conversar sobre todos os assuntos, precisamos da participação de mais pessoas”, disse ela.

Parceria - A presidente do Imune, Sônia Aparecida da Silva acredita a CST da Mulher, da Assembleia Legislativa, pode trazer parcerias e apoio social para que o projeto dê certo.

“Somos um espaço propositivo com diálogo aberto. Entendo que parceria é reconhecer as necessidades, buscar juntos apoios para que a gente melhore e aprender cada vez mais a população. Nossa missão é engajar mulheres e jovens negras (urbanas, rurais e quilombolas), no combate ao racismo, a violência e as desigualdades de raça e gênero, para a promoção da equidade, visando a democracia plurirracial”, argumentou ela.

Integrantes – Além da presidente professora Jacy Proença, integram a CST da Mulher, a desembargadora Maria Erotides Kneip; a relatora defensora pública Rosana Leite de Barros; e os membros Lindinalva Rodrigues, Josyrleth Magalhães Criveletto, Amini Haddad Campos, Glaucia Anne Kelly Rodrigues Amaral, Clarissa Lopes, Mayana Vitória de Souza Alves, Vera Bertolini, Eliana Vitalino, Eliane Rodrigues de Lima, Telma Reis, Eunice Ramos, Luciana Rosa Gomes, Willian Cesar de Moraes e Tânia Mara Arantes Figueira.


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