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Quinta-feira, 1 de outubro de 2020 10h18


PRESERVAÇÃO

Dr. João reivindica medidas para conservação e proteção do Pantanal

Indicação apresentada reforça a necessidade de criação de programas voltados para o bioma.

MICHELLE DAS NEVES MOURA / Gabinete do deputado Dr. João de Matos



Foto: FABLICIO RODRIGUES / ALMT

O deputado estadual Dr. João (MDB) apresentou Indicação nº 4093/2020 , em sessão plenária na Assembleia Legislativa, reivindicando a necessidade de criação de um programa voltado para o Pantanal, abrangendo a valorização do homem pantaneiro, a criação de linha de financiamento diferenciada para atividades econômicas na área, a exploração do potencial turístico da região, a efetiva implantação das estradas parques, o tratamento 100% do esgoto dos municípios que compõem a bacia pantaneira, o tratamento de resíduos sólidos, reflorestamento dos rios que compõem as cabeceiras e a valorização da pecuária pantaneira.

Para o deputado, o momento crítico que o Pantanal está passando é um alerta para as autoridades buscarem com urgência iniciativas para a preservação do bioma. “Estamos presenciando uma das piores queimadas já existente no Estado. Temos que salvar o nosso maior patrimônio que é a natureza, os animais e a rica vegetação, que neste momento estão morrendo e sendo devastados. A nossa saúde também está cada vez mais comprometida. Pessoas também perderam a vida por conta das queimadas. Com a indicação apresentada, espero conscientizar as autoridades para que exista na lei programas voltados  proteção e valorização do Pantanal”, ressaltou o parlamentar. O governo tem prazo de até 30 dias para responder à demanda que foi encaminhada no dia 23 de setembro. 

O Pantanal teve, em setembro, 8.106 focos de incêndio, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O mês passado foi o pior já registrado em número de focos de incêndio no bioma desde 1998, quando começou o monitoramento do instituto.

Três meses antes de terminar, 2020 também já é o ano com o maior número de focos de incêndio no Pantanal: de 1º de janeiro até 30 de setembro, foram 18.259 focos. Antes disso, o maior número havia sido registrado ao longo de todo o ano de 2005: 12.536. A alta é de cerca de 46% até agora.

Além do dano ambiental causado pelas queimadas, a economia sofreu um impacto muito grande. As propriedades tiveram muito delas 100% de sua pastagem queimada, cercas e currais destruídos. O rebanho não tem o que comer. Temos também as pousadas turísticas, importante fonte de renda no Pantanal, que foram afetadas sobremaneira na pandemia, ficando fechadas e, agora que começariam a voltar, ocorreram os incêndios.

Muitas estradas foram afetadas, sendo que muitas pontes de madeira foram queimadas. O problema das queimadas no Pantanal mato-grossense não se resume somente a região de Poconé, toda a região pantaneira foi afetada da mesma maneira. “Precisamos de ações rápidas e que realmente atendam as necessidades, principalmente do homem que vive no Pantanal”, enfatizou Dr. João.

Pantanal - O bioma é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta. A sua área aproximada é 150.355 km², ocupando assim 1,76% da área total do território brasileiro. Em seu espaço territorial o bioma, que é uma planície aluvial, é influenciado por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai. O Pantanal sofre influência direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Além disso, sofre influência do bioma Chaco (nome dado ao Pantanal localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia). O bioma Pantanal mantêm 86,77% de sua cobertura vegetal nativa.

Assim como a fauna e flora da região são admiráveis, há de se destacar a rica presença das comunidades tradicionais como as indígenas, quilombolas, os coletores de iscas ao longo do Rio Paraguai, comunidade Amolar e Paraguai Mirim, dentre outras. No decorrer dos anos essas comunidades influenciaram diretamente na formação cultural da população pantaneira.

 


Gabinete do deputado Dr. João de Matos

Telefone: (65) 3313-6610