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Quarta-feira, 21 de março de 2018 15h40


PARCERIA

Arte e Filosofia ocuparam o Teatro Zulmira no último sábado

Mais de 150 pessoas refletiram sobre a beleza e ainda doaram alimentos não perecíveis para entidades filantrópicas

PRISCILA MENDES / Secretaria de Comunicação Social



Banda do Exército encerrou programação da noite

Foto: JLSiqueira / Secretaria de Comunicação Social

“A arte é a grande salvadora da nossa civilização, recuperando todos os valores e princípios perdidos”, reflete Márcio Cambahuba, um dos expectadores do evento ‘Dia da Arte 2018’, realizado no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros no último sábado (17). A ação, promovida pela organização Nova Acrópole, em parceria com o Teatro e com a Sala da Mulher, uniu arte e filosofia para pensar a beleza, tão importante na busca pelo tripé ‘o bem, o bom e o belo’.

Márcio Cambahuba, um dos mais de 150 participantes do evento, trouxe a mãe dele e, segundo ele, ambos saíram encantados com o espaço que uniu artes plásticas, teatro, música e poesia, bem como uma completa palestra sobre a compreensão da arte desde Sócrates, quatro séculos antes de Cristo. “Saio com as melhores impressões, é muito importante o resgate da filosofia, no sentido primeiro, de amor pelo saber”, avalia.

O palestrante da noite e diretor da organização internacional Nova Acrópole (com sede em Cuiabá), Roni Cezar Almeida, trouxe dados de obras clássicas, como a escultura ‘Davi’, de Michelangelo, e Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, ambas do início do século XVI, apontando que as produções exigiram muitos meses de dedicação, para atingirem a conhecida qualidade – e marcar a História. “A arte requer esforço”, sintetiza Roni, convidando os expectadores a dedicar cuidado em seus trabalhos.

Enaltecer a beleza, no contexto da Filosofia, é buscar a melhor forma de expressar algo, não só esteticamente, mas no campo da sensibilidade e da primazia técnica e ética, exigindo, portanto, dedicação.

Para rechear a programação, a noite começou com o grupo vocal ‘Mesa pra 6’ com três canções; seguido do Coral Allegro com a música ‘Para viver um grande amor’, de Vinicius de Moraes, acompanhado por declamação de poesia por Eleonora Alves. Logo após, foi a vez de Maisa Oliveira, Sofia Oliveira e Aristeu Borges cantarem ‘Roda Viva’ de Chico Buarque. A encenação ‘As três peneiras de Sócrates’ tirou risos da plateia e convidou à reflexão sobre o que falamos a respeito das pessoas – a tão conhecida fofoca. Após a palestra, fechou o evento a Banda do Exército.

A diretora-geral do Teatro Zulmira e administradora da Sala da Mulher, Daniella Paula Oliveira, esboçava, atenta, um sorriso de orgulho diante das apresentações. “Este evento é como um filho meu também. Compus a equipe do Nova Acrópole por anos, lá muito aprendi e sinto profunda gratidão. Trazer para o Zulmira a bela junção entre Filosofia e Arte, convidar a sociedade a essa reflexão, proporcionar esse conhecimento ao público e ainda arrecadar alimentos para destinar a entidades filantrópicas cadastradas pela Sala da Mulher me enchem o coração de alegria”, narrou.

As três peneiras

Uma parábola milenar atribuída ao filósofo Sócrates ensina três critérios para que algo seja compartilhado a outra pessoa, as chamadas “três peneiras”. A história foi encenada por duas integrantes da Nova Acrópole, durante o ‘Dia da Arte 2018’, no último sábado (17).

A primeira peneira, ensina a parábola, é a da Verdade: o emissor da mensagem deve ter certeza que determinada informação é um fato. Segundo as atrizes, não basta ter uma fonte confiável, é preciso o próprio emissor ter visto a situação a ser narrada.

Se passar pela primeira peneira, seguir para a segunda, a da Bondade. O convite é questionar para si: “Determinada informação que preciso repassar vai ofender ou magoar alguém? Gostaria que algo parecido fosse dito sobre mim?”.

Se tiver respondido a si que, sim, a informação é verdadeira e bondosa, segue para a última e terceira peneira, a da Necessidade. O que deseja ser falado é necessário? Vai contribuir para a vida das pessoas? Só no caso de a informação atender aos três quesitos que deveria ser contada.

Na encenação teatral, a fofoca que uma das personagens quis tanto contar não passou por nenhuma das peneiras e não foi dita. Em diálogo com a outra mulher, que fizera o convite de submeter a informação às três peneiras, a ‘fofoqueira’ perguntou: “Mas sobre o que falarei, então?”, presumindo que não haja assuntos que passem pelos critérios, tirando risos da plateia.

A narradora da parábola é categórica, ensinando que seja conversado sobre ideias, não sobre pessoas. Por fim, para o tempo economizado com a fofoca, a mulher convida à leitura de bons livros.


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