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Quinta-feira, 2 de março de 2023 15h29


CULTURA

Pacha Ana lança álbum de sambas no Teatro Zulmira nesta sexta (3)

Novo trabalho é inspirado em religiões de matriz africana

INGRIDY PEIXOTO / Secretaria de Comunicação Social



Em “Motumbá”, palavra Yorubá (língua falada na Nigéria e outros países da África Ocidental, conhecida como linguagem dos orixás) para “A Benção”, Pacha Ana canta sambas com influências de ritmos afro-brasileiros

Foto: ANGELO VARELA / ALMT

O Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros recebe nesta sexta-feira (3), às 20h, o lançamento do terceiro álbum da musicista mato-grossense Pacha Ana. Esta será a primeira apresentação pública das sete faixas que compõe o novo trabalho da artista. A entrada é 1 kg de alimento não perecível. 

Em “Motumbá”, palavra Yorubá (língua falada na Nigéria e outros países da África Ocidental, conhecida como linguagem dos orixás) para “A Benção”, Pacha Ana canta sambas com influências de ritmos afro-brasileiros, como o samba de terreiro, ijexá, carimbó e pontos cantados. A artistas traz então sonoridades distintas das presentes em seus dois álbuns anteriores, de RAP. 

“Espero que as pessoas venham de coração aberto para ouvir esse disco que tem como tema religiões de matriz africana, o primeiro gravado com banda e não com DJ”, compartilha a musicista. Ela conta ainda que a motivação para o trabalho veio da vivência religiosa que ela acumula. Pacha Ana diz ser iniciada no Candomblé há cinco anos, religião com que simpatiza desde os 13 anos de idade.

“Minhas maiores inspirações são artistas que falam sobre religiões de matriz africana desde uma época em que não era aceito, como Clara Nunes e Leci Brandão”, revela. Cantoras como Luedji Luna, Xênia França, Juçara Marçal e Mc Tha também influenciaram no álbum por também tratarem desse tema em suas obras.

“É preciso falar sobre nossa religiosidade de forma aberta, sem maquiar nem esconder. É algo tão comum no Brasil falar de Deus, ser cristão. Não temos porque manter segredo sobre nossa fé. Para mim, falar de Umbanda e Candomblé na música é uma forma de quebrar o racismo religioso”, defende. “As religiões de matriz africana são religiões como qualquer outra, com costumes, crenças, você pode ser macumbeiro, isso não é algo ruim”, completa Pacha Ana.

No Zulmira, ela vai tocar todas as faixas do novo álbum acompanhada de outros oito músicos. “A expectativa é de teatro lotado e que as pessoas se identifiquem com o que a gente vai trazer”, adianta a artista. As canções estarão nas plataformas digitais até o fim de março, quando também o álbum físico poderá ser adquirido. 

“Motumbá” tem produção musical de Paulo Monarco, arranjos por Matheus Farias, com a participação de Paulinho Nascimento nas frequências graves pelas cordas do contrabaixo e baixo acústico, enquanto Virgílio Batukada assina a percussão. A produção foi financiada pela Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer do Estado do Mato Grosso (Secel/MT) e contou com apoio do Favelativa.

Serviço:
Show “Motumbá”
Quando: Sexta-feira (3), a partir das 20h
Onde: Teatro Zulmira Canavarros, anexo à ALMT.
Entrada: 1kg de alimento não perecível


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: imprensa1al@gmail.com