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Quarta-feira, 2 de junho de 2021 16h02


PROJETO DE LEI

Unidades de saúde de MT deverão ser equipadas com eletrocardiógrafos digitais

Para o deputado estadual Dr. Gimenez, o atendimento rápido e eficiente poderá salvar muitas vidas, principalmente no interior do estado

ROSE DOMINGUES / Gabinete do deputado Dr. Gimenez



Foto: Ronaldo Mazza

De autoria do deputado estadual Dr. Gimenez (PV), o Projeto de lei nº 438/2021 institui utilização obrigatória de eletrocardiógrafos digitais pelas unidades de saúde de Mato Grosso. O objetivo é oferecer suporte às plataformas de telemedicina para compartilhamento de laudos médicos e informações a distância.

Para o parlamentar, que é médico, o equipamento apresenta excelente custo-benefício na medicina preventiva, uma vez que é ferramenta indispensável para o diagnóstico precoce a pacientes que apresentem alguma deficiência cardíaca. Além disso, propicia tratamento emergencial mais eficaz.

“Com o ECG digital e a telemedicina aplicada, a realização do procedimento digital com laudo remoto permitirá reduzir drasticamente a espera pelo teste para pacientes em comunidades urbanas e rurais que chegaram a ter de aguardar mais de um ano para fazer o ECG, pois é muito comum faltarem especialistas nos municípios e comunidades menores para emitirem os laudos necessários fisicamente”.

A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgou em 2017 um estudo esclarecendo que 17,7 milhões de pessoas morreram por doenças cardiovasculares no ano de 2015, o que representou 31% de todas as mortes no mundo.

Desses óbitos, mais de 7 milhões devido às doenças cardiovasculares e 6,7 milhões aos acidentes vasculares cerebrais. Diante da alta mortalidade dos pacientes acometidos, a instalação do eletrocardiograma nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) propicia melhor condução do caso e melhor prognóstico de alguns pacientes.

“Garantir rapidez no diagnóstico e no tratamento de problemas cardíacos, como no infarto agudo do miocárdio, possibilita maior chance de sobrevida ao paciente, pois metade dos óbitos ocasionados por essa patologia acontece nas primeiras duas horas. Além disso, poder dar ao paciente um atendimento adequado ao caso, é outra vantagem do diagnóstico precoce”.

Há dois anos, em junho de 2019, o deputado Dr. Gimenez, 69 anos, precisou passar por um procedimento cirúrgico de emergência: um cateterismo cardíaco e uma angioplastia para a introdução de dois stents. “Tenho plena convicção que a identificação precoce do problema, com ação imediata, salvou a minha vida, portanto, precisamos estender esse atendimento de ponta a todos os pacientes do SUS”.

 


Gabinete do deputado Dr. Gimenez