Deputado Max pede atenção do Governo para problemas do Rio São Lourenço
Parlamentar busca soluções para assoreamento, escassez de peixes e degradação da mata ciliar
Deputado Max Russi discute com Sema problemas do Rio São Lourenço (Foto: : José Marques/Assessoria de Gabinete) |
Preocupado com as agressões que o Rio São Lourenço tem sofrido pelas mudanças climáticas e expansão das atividades agrícolas e pecuárias na região do Vale, o deputado Max Russi (PSB), reuniu-se com a secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Ávila Peterlini, em busca de soluções.
Russi expôs o assoreamento do rio, causado tanto por ações da natureza, como pela ação do homem. “Sabemos que a primeira medida é conscientizar a população a não fazer descarte ilegal de lixo nos rios ou em lugares inapropriados, que desembocam nos rios, com a ajuda das águas das chuvas ou de enchentes”, disse.
Ele também destacou a importância e a necessidade de políticas públicas e de ações dos governos, via projetos de manutenção das margens, recuperação das matas ciliares e desassoreamento dos rios. “É possível, através do uso de máquinas, retirar do fundo dos rios todo tipo de lixo e detritos depositados, bem como a terra e areia acumuladas ao longo do tempo”.
O deputado explicou que, além do assoreamento, que causa escassez de peixes, a degradação das matas ciliares às margens do São Lourenço é outra de suas preocupação, já que essa cobertura vegetal funciona como um filtro para reter defensivos agrícolas, poluentes e sedimentos que seriam transportados para o rio. Pois esse material lançado direto no rio afeta a quantidade, a qualidade da água e a vida da fauna local. A degradação da mata local, informou Russi, é ocasionada pelas pastagens e pelo desmatamento.
Diantes do exposto, a secretária Ana Luiza colocou à disposição do deputado uma equipe técnica do órgão, a fim de que sejam feitos levantamentos para elaboração de projetos. “Com os estudos teremos um diagnóstico da real situação do Rio São Lourenço e, a partir daí, buscaremos soluções para o problema”.
A secretária ainda propôs a busca de parceiros, como a Empaer, para viabilizar a doação de mudas de plantas nativas, que com o apoio da comunidade local poderão ser plantadas às margens do rio.
O superintendente de Relacionamento e Atendimento ao Cidadão da Secretaria de Meio Ambiente, Pedro Borges, também participou da reunião e explicou que a superintendência é responsável, entre outras funções, pela municipalização das ações ambientais. “Estamos a disposição para orientar e apoiar tecnicamente a gestão ambiental dos municípios mato-grossenses”.
Apreensões – O destino das madeiras apreendidas pela Secretaria também foi um dos assuntos tratados, já que Russi pretende indicar a doação delas para os Municípios que tenham interesse em construir habitações populares, praças com playgronds, academias, bancos, entre outras estruturas de uso social.