Objetivando a expandir e valorizar a cultura regional de Mato Grosso, a Assembléia Legislativa firmou parceria com o programa “Rumos do Itaú Cultural”, um dos mais abrangentes programas de apoio à produção artística brasileira e, que acontece pela primeira vez, em Cuiabá na quarta-feira (9), no auditório da OAB/MT. O Executivo, a FIEMT, MO Arte e Mídia e o Projeto Ciranda, também promovem o evento.

“É importante que as instituições abracem com toda força este evento para que o mesmo aconteça todos os anos em Mato Grosso”, disse o presidente do Projeto Ciranda, Leandro Carvalho, que vai proferir a palestra “Planejamento e estratégia cultural: ações e possibilidades”. O programa, que já acontece a sete anos, abriu inscrições para dois novos segmentos, Literatura/Audioficções e Jornalismo Cultural e para a segunda edição vai inserir Música.

A finalidade dos seminários é promover a troca de informações dos meios cultural e artístico. "Queremos criar condições para que a produção ganhe corpo e encontre caminhos viáveis para chegar ao público" diz Eduardo Saron, superintendente de atividades culturais do instituto.

Para o primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado Silval Barbosa (PMDB) o conceito cultural também aceita como cultura, as várias respostas dos diferentes segmentos da sociedade aos problemas de sua sobrevivência. Segundo ele, compreender as relações sociais e cultura no interior de uma sociedade detém uma série de valores que podem responder, sobretudo, à necessidade humana.

“Por isso, a Assembléia Legislativa trabalha com intensidade em uma série de programas de inclusão social. E nada mais justo que apoiar eventos como este que podem agregar valores a economia do estado, inclusive, pode alavancar o turismo de Mato Grosso”, afirmou.

Na pauta do seminário, que deve ser realizado nas principais cidades brasileiras, workshops para completar a formação dos futuros talentos com trabalhos práticos e debates sobre gestão, planejamento e possibilidade de integração entre os agentes da cadeia produtiva do mercado fonográfico. Foi em um desses seminários, em março de 2001, que os representantes de selos e gravadoras independentes criaram a Associação Brasileira de Músicos Independentes (ABMI) para defender seus interesses.

“Todas as empresas devem participar de eventos como este que propicia a valorização dos artistas da terra”, afirmou o deputado Juliano Jorge (PL). O seminário, que começa com a posse da Comissão de Cultura e Responsabilidade Social às 9h30, prossegue com um ciclo de palestras até às 18h30. Entre os temas, os Processos Associativos e o Futuro da Música com Bruno Boulay, Mário Olímpio, Pena Schmidt e Vera Baggeti; Comunicação e Música com Elias Neto, Gabriel de Mattos, Israel do Vale, Janete El Haouli e Luís Fernando Vieira. Também será abordada A Cadeia Produtiva da Economia da Música proferida por Luiz Carlos Prestes Filho.

Trajetória

Pioneiro no mapeamento da produção artística contemporânea, o Rumos começou em 1997. Já apoiou o desenvolvimento de 377 projetos em várias áreas de expressão: artes visuais, cinema e vídeo, música, dança, literatura e mídia arte. Desde sua criação até hoje, levou a obra de quase 700 artistas para cerca de 1,5 milhão de pessoas.

Em 2003, foi premiado pelo Guia da Boa Cidadania Corporativa Exame e o Prêmio Eco, da Câmera Americana de Comércio, como exemplo de responsabilidade social em cultura. Artistas como o documentarista paulista Paulo Sacramento, com O Prisioneiro da Grade de Ferro , o artista visual pernambucano José Patrício e o grupo de percussão corporal paulista Barbatuques, foram alguns dos destaques das diversas edições do programa.

Dentre as proposta do programa Rumos Jornalismo Cultural 2004/2005 está a de facilitar o contato com os produtores da arte brasileira e os mestres do texto para que os futuros jornalistas entrem com uma especialização no mercado de trabalho.

Mais informações pelo site: www.itaucultural.org.br

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