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Segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020 06h48


PROTEÇÃO

Batalhão Ambiental irá conceder guarda provisória de animais silvestres resgatados

A Sema irá analisar o perfil e o ambiente onde os animais poderão ficar até serem reintegrados à natureza.

EDIANA TANARA DE OLIVEIRA / Gabinete do deputado Ulysses Moraes



Foto: JLSIQUEIRA / ALMT

O deputado Ulysses Moraes (DC) esteve no Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA), no bairro Cidade de Deus, em Várzea Grande, na tarde de terça-feira (28), para verificar as necessidades da unidade e o destino dos animais resgatados nas operações da PM ambiental no estado. Os animais são acolhidos, encaminhados para exames e tratados para, no momento oportuno, retornar ao seu habitat natural.

Uma das responsáveis pelo batalhão é a tenente Joelma Carvalho, que contou que a equipe trabalha diuturnamente nos resgates de animais silvestres, cuidando dos animais fragilizados, combatendo a degradação do meio ambiente e os crimes ambientais, assim como atuando para a redução do impacto ambiental.

“É importante que a sociedade contribua, não somente de forma material, mas com atenção e carinho diário para com os animais fragilizados. Vamos iniciar um programa de guarda provisória de animais silvestres, onde o cidadão irá poder solicitar que o animal fique em sua residência até poder retornar à natureza”, conta a tenente.

As solicitações de guarda provisória serão realizadas através do site da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), que irá analisar o perfil do ambiente e atuar em conjunto para que estes bichos possam se reintegrar. O local onde os animais deverão ser abrigados precisam atender algumas recomendações da secretaria para que seja aprovada a solicitação de guarda provisória. A Sema também é responsável por custear as operações, com a colaboração da iniciativa privada, para garantir doações de frutas e verduras que irão alimentar os animais abrigados no batalhão.

“O trabalho realizado por esses militares é maravilhoso. Desde o resgate destes animais, o tratamento, a atenção, e digo que eles precisam de um auxílio maior, de mais investimentos do poder público e da colaboração da sociedade para que esses animais possam, futuramente, serem colocados em liberdade”, afirmou o deputado Ulysses Moraes.

Falta de estrutura - O parlamentar verificou que a estrutura do batalhão ambiental está deteriorada. O forro e paredes cheios de buracos e algumas salas estão sem portas. Também falta espaço para abrigar os animais resgatados. De acordo com os oficiais, já existe uma verba liberada para a reforma total da unidade, que está na fase de licitação, para que assim sejam iniciadas as obras.

“Os militares fazem o que podem, fazem por amor e encontraram parceiros da iniciativa privada que contribuem para que estes animais possam ser reintegrados à natureza. Vemos que estão sendo bem tratados, apesar da precariedade da estrutura e do pouco espaço do local. Precisamos melhorar o efetivo e a estrutura física”, disse o parlamentar.

O Batalhão Ambiental existe há 35 anos, desenvolvendo atividades de fiscalização ambiental, protegendo a fauna, e os recursos hídricos e florestais, assim como promovendo o combate à poluição, à caça e pesca ilegais, aos desmatamentos e queimadas não autorizadas e, para isso, faz um constante policiamento visando combater a degradação do meio ambiente.

Zoo da UFMT - Em julho de 2019, o Zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso foi fechado devido à morte de dois macacos e uma parte dos animais que lá viviam foram transferidos para o batalhão. Destes, muitos estavam morrendo por terem contraído cinomose, uma doença altamente contagiosa provocada por um vírus que ataca o sistema nervoso dos animais, causando degeneração.

O BPMPA ainda precisa de auxílio nos casos em que os animais são levados para outros estados em decorrência do bioma e introdução da ressocialização, que hoje é feita por meio de parceiros da iniciativa privada que possuem grandes fazendas. Os peixes e gados apreendidos nas operações também são utilizados para alimentar os bichos no batalhão.

“A questão ambiental no nosso estado é bem complexa, não é somente protecionismo. A sociedade tem que entender que somos uma PM só, com unidades descentralizadas. Na época da pesca predatória, atuamos de forma especifica, mas sem esquecer da proteção integral do meio ambiente. Atuamos no desmatamento, com o auxílio de um rastreador, para que ocorram os flagrantes e apreensão das máquinas utilizadas no serviço ilegal. A população pode contribuir com denúncias, tanto de degradação quanto de crimes ambientais ou animais fragilizados, assim como de incêndio em grandes áreas, que pode ser feito pelo 190 ou pelo telefone funcional do batalhão (65) 9987-4024”, explica a tenente Joelma Carvalho.

O batalhão está aberto para visitas da população. O trabalho também pode ser acompanhado pelas redes sociais, através do instagram @ambientalpmmt.


Gabinete do deputado Ulysses Moraes