Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Brasão

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Segunda-feira, 2 de dezembro de 2019 17h50


APROVAÇÃO

CST propõe a criação de aplicativo para pessoas com deficiência

A aprovação ocorreu por unanimidade e o aplicativo será implantado em parceria com a OAB-MT

JOSÉ LUIS LARANJA / Secretaria de Comunicação Social



Foto: Helder Faria

A Câmara Setorial Temática (CST) criada com o objetivo de discutir políticas para a inclusão efetiva das pessoas com deficiência em Mato Grosso recebeu, na tarde desta segunda-feira (2), representantes do setor de transporte. Na oportunidade, também foi aprovada pelos membros da câmara temática a proposta de criação de um aplicativo para pessoas com deficiência no estado, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT).

No encontro de hoje, os participantes debateram problemas e propostas para melhorias do transporte no estado e as reclamações foram muitas, principalmente de mães que precisam levar seus filhos até as clínicas e sofrem com a falta de estrutura dos ônibus e de preparo dos motoristas. Esta foi a quinta reunião da CST, que discute quatro principais temas tratados pelo grupo: educação, saúde, transporte e emprego.

Durante a reunião, o tema transporte foi debatido por representantes da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager), da Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (MTU) e do Ministério Público. Nenhum membro da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Cuiabá (Semob) compareceu à reunião de hoje ou justificou a ausência.

“Trata-se de um assunto importante para os deficientes, pois o transporte acessível precisa ser 100% de boa qualidade. Precisamos buscar alternativas para melhorar bastante esse impasse e a câmara vai propor sugestões aos órgãos competentes para isso”, disse a presidente da CST, Cleide Regina Nascimento.

Para ela, a criação do aplicativo vai facilitar o dia a dia das pessoas com deficiência quando necessitarem do transporte coletivo. “O aplicativo será criado e precisa ser repassado para algum órgão acompanhar o trabalho. Foi colocado em votação e, por unanimidade, aprovado o aplicativo para os deficientes. É uma parceria que vai dar muito resultado positivo”, afirmou Nascimento.

O representante da Ager, Emerson Almeida, esclareceu que o órgão está à disposição para receber sugestões com o objetivo de implantá-las no sistema do transporte para pessoas com deficiência.

“Temos o interesse de melhorar cada vez mais nosso trabalho e as sugestões sempre serão bem-vindas com a finalidade de solucionar os problemas que essas pessoas enfrentam diariamente”, revelou Almeida.

Conforme a opinião do diretor da MTU, Sérgio Borges, há um processo licitatório em andamento para a busca de saídas positivas ao transporte de pessoas com deficiência, porém afirmou que a frota de ônibus atual de Cuiabá possui elevadores de acessibilidade.

“Buscamos aprimorar cada vez mais nosso serviço, mas é claro que nas falhas temos que arrumar respostas para melhorar o trabalho. Entendo que o aplicativo é uma das soluções encontradas por todos”, disse ele.

No entanto, após o depoimento dos representantes da Ager e da MTU, algumas mães rebateram as afirmações de Borges e Almeida. “Sofremos na prática a falta de boa qualidade dos serviços prestados pela MTU e Ager. As rampas dos ônibus apresentam problemas diários, os números disponíveis para reclamar não funcionam, e ainda faltam símbolos dos autistas. Na prática, nada funciona e quando atendem o telefone, os funcionários são estúpidos. A câmara é uma melhora gradativa e creio que estamos começando a ganhar nosso espaço”, acrescentou Luciana Pereira dos Santos, mãe de cadeirante.

A mesma opinião tem a doméstica Adriana Rodrigues de Miranda, mãe de autista, que reclama da falta de preparo dos motoristas e também das péssimas condições dos pontos de ônibus em Cuiabá.

“O que eu passo com o meu filho dentro do ônibus é decepcionante, pois os motoristas não possuem nenhum preparo para lidar com essa situação. Eles não aceitam crianças autistas dentro do veículo. Quando precisamos do telefone, quase sempre não funciona. Outro detalhe: as coberturas dos pontos são velhas e ruins”, apontou a mãe.

Ao final, a presidente da CST, Cleide Ribeiro, lembrou aos demais membros da câmara que, para as duas próximas reuniões, serão debatidos a educação (16/12) e o emprego (sem data definida). Também foi confirmada que a audiência pública acontecerá no dia 09/12, às 9 horas.

Criada por solicitação do deputado estadual Wilson Santos (PSDB), a CST reúne representantes de órgãos como Ministério Público, OAB, Conselho Estadual, associações e Poder Executivo.


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: imprensa1al@gmail.com