O caso foi discutido na manhã desta terça-feira (30), entre o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Humberto Bosaipo (PL), o vereador Ademir Alves de Oliveira (PPS) e um de seus assessores, Paulo Alves de Figueiredo. O vereador também defende a tese da divisão mas que ela aconteça a partir de 2004 e de forma coerente, sem prejuízos para as estruturas futuras - o município-mãe e o que vier a surgir.
“Sabíamos do movimento em torno da divisão mas não esperávamos que ela acontecesse agora. O município tem uma dívida aproximada de 20 milhões de reais e uma divisão repentina acarretará prejuízos seríssimos para a região, mais especificamente para o município-mãe”, salientou Oliveira.
A preocupação do parlamentar municipal reside em um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional viabilizando a instalação imediata dos municípios recém-criados. Itiquira faz divisa com Rondonópolis e Pedra Preta, e tem nada menos do que 18 mil hectares plantados de seringa - matéria-prima utilizada na produção de borracha, considerada a maior da América Latina.
Bosaipo disse que a situação é preocupante e esperar que prevaleçam o bom senso político e o consenso. “Essas questões precisam ser discutidas de forma transparente com a população de Itiquira, a partir de dados concretos e oficiais para que toda a economia de uma região tão próspera não seja prejudicada”, ressaltou o presidente.
Caso a divisão seja aprovada, Itiquira vai perder entre 40% e 50% de sua arrecadação atual para o futuro município de Ouro Branco. “Essa perda representará o dobro da dívida recebida pela prefeitura nesta administração”, concluiu Ademir Oliveira.
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Fernando LeAL