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Segunda-feira, 9 de dezembro de 2019 16h52


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Palestra mostra Movimento Pró-Logística para Mato Grosso

O agrônomo Marcelo Capelotto destacou que a equipe técnica da CST de Engenharia e Agronomia programou a entrega do relatório sobre os eixos planejados para 2020

JOSÉ LUIS LARANJA / Secretaria de Comunicação Social



Foto: Helder Faria

A 6ª reunião ordinária da Câmara Setorial Temática (CST) de Engenharia e Agronomia debateu hoje (9) a logística inclusiva para o desenvolvimento sustentável, econômico, social e ambiental para Mato Grosso. Na ocasião, o diretor executivo do Movimento Pró-Logístico (MPL) de Mato Grosso, Edeon Vaz Ferreira, realizou uma palestra explicando que o estado tem, hoje, um dos maiores custos de transporte do país.

“O estado enfrenta grandes problemas quando o assunto é logística. Muitas rodovias não têm a mínima condição de uso e prejudicam o escoamento da safra de grãos, que mais uma vez promete ser recorde. Com o objetivo de melhorar essa situação, o Movimento Pró-Logística vem trabalhando desde 2010 em alternativas de escoamento da produção”, apontou ele.

De acordo com Ferreira, o movimento foi criado em agosto de 2009 e conta com parceiros importantes, como, por exemplo, a Aprosoja e o Crea.

“A missão do movimento é divulgar a logística no estado e articular junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para implementação de manutenção de obras (rodoviárias, ferroviárias, hidroviárias e portos), que possibilitem a redução do custo do frete no setor produtivo e na comunidade em geral”, afirmou o diretor.

Durante a palestra, Ferreira mostrou que as alternativas para escoar a produção de Mato Grosso reduziriam drasticamente o preço do frete cobrado. O Movimento Pró-Logística, formado por representantes de produtores rurais, indústrias, comércio, além de parlamentares, vem trabalhando desde 2010 para encontrar saídas para resolver os problemas de logística.

“Sem dúvida alguma, os maiores problemas que temos no estado, além das limitações tecnológicas que a cada ano está melhorando e resolvendo os problemas, é que o produtor de Mato Grosso é muito competente da porteira para dentro, mas, infelizmente, ele perde da porteira para fora, onde depende da infraestrutura logística no Brasil. Acredito que já estivemos bem pior, pois já conseguimos uma melhoria significativa nos últimos dez anos”, apontou Ferreira.

Na ocasião, ele disse que o estado possui um dos maiores custos do país. “Só para ter uma ideia, o frete de Canarana, interior de Mato Grosso, até o Porto de Santos chega a R$ 235 por tonelada. São 1,9 mil quilômetros. Na Argentina, o produtor que precisa atravessar a mesma distância gasta R$ 92 por tonelada. Nos Estados Unidos, o valor do frete cai ainda mais, são R$ 72. Três vezes menos que no Brasil”, falou ele.

Ferreira comentou ainda que, em 2017, o país exportou 98 milhões de toneladas de soja e milho e citou como exemplo que em um país de dimensões continentais como o Brasil, economias com a logística podem vir a representar o diferencial de sustentabilidade para o agronegócio.

“Temos uma hidrovia totalmente adequada para escoamento de grãos no país, que está situada no rio Tietê, com a eclusa em Barra Bonita (SP), as demais hidrovias necessitam de melhores infraestruturas”, assinalou o diretor do MPL.

O presidente da CST, agrônomo Marcelo Capelotto, destacou que a equipe técnica da câmara temática já programou para entregar o relatório final sobre os eixos planejados em 2020.

“Dentro desses eixos, já tivemos passando por aqui pessoal do Imea, Empaer, Sedec, representantes da aviação agrícola, Sindac. E agora a logística do estado, que passou informações importantes para nós. Até o momento, nós trabalhamos com três segmentos: tecnologia de aplicações voltada para sustentabilidade, cinturões verdes de médios e pequenos produtores de Mato Grosso e logística”, finalizou.

A CST de Engenharia e Agronomia foi requerida pelo deputado Sebastião Rezende (PSC), conta com o apoio da Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa e participação de representantes das seguintes instituições: Crea-MT, Aeagro, Aprosmat, Superintendência Federal de Agricultura (DPDAG), Comitê Estratégico Soja Brasil, Univag, Associação dos Engenheiros Agrônomos de Primavera do Leste, Unemat, Empaer-MT, Ampa, Indea-MT, Famato, UFMT, Fundapaer e Aprosoja-MT.


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