Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Terça-feira, 3 de dezembro de 2019 12h21


SUBSTITUTIVO INTEGRAL

Segunda audiência pública para discutir o PLOA 2020 é adiada

Ainda não há data definida para o debate sobre o projeto da LOA. Isso porque o governo deve encaminhar um substitutivo integral para a Assembleia Legislativa.

ELZIS CARVALHO / Secretaria de Comunicação Social



Foto: Ronaldo Mazza

O líder do governo na Assembleia Legislativa e presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), Dilmar Dal Bosco (DEM), adiou a audiência pública, marcada para hoje (3), para debater o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA 2020). Segundo o parlamentar, a equipe econômica do governo está estudando encaminhar um substitutivo integral nos próximos dias.

A motivação da substituição do PLOA, já aprovado em primeira votação pelos deputados, se deve ao fato de que os deputados derrubaram o veto do governador Mauro Mendes (DEM) ao artigo 58 do Projeto de Lei Complementar nº 631, aprovado em julho, que dá anistia aos empresários que têm contratos com o governo do estado. A medida, segundo Dal Bosco, altera a arrecadação da receita para os cofres públicos do Executivo.

“Tudo está sendo analisado pelo governo e, com isso, vem a possibilidade de encaminhar um substitutivo integral com novos números. Com o veto derrubado, o estado vai deixar de arrecadar, principalmente com os incentivos fiscais. Por isso, os deputados estão aguardando a definição do governo”, afirmou.

Com a derrubada do veto ao artigo 58, o impacto na arrecadação para o próximo ano, de acordo com o parlamentar, deve aumentar o déficit orçamentário em torno de R$ 300 milhões. O ajuste no déficit se dá em função da mudança do regime tributário de alguns incentivos, quando algumas empresas não estavam com a isonomia adequada, em relação ao mesmo segmento.

“Isso significa que a empresa tem um contrato, mas com a mudança do regime tributário, de acordo com a Lei Complementar nº 160, aprovada na Câmara Federal, e depois o convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária nº 190, obrigando o Estado brasileiro a restituir aos seus estados, traz uma diferença de mais de R$ 300 milhões. O governo pretendia fechar 2019 no equilíbrio fiscal. Agora, a previsão é de aumentar o déficit”, disse.

Em caso de o governo encaminhar um substitutivo integral para a Assembleia Legislativa, Dal Bosco disse que a tramitação no Parlamento deve prejudicar a votação da matéria ainda este ano. “É uma matéria nova. A audiência pública está pautada na lei que está em tramitação no Parlamento. O substitutivo deve alterar números. Vamos ver se vai precisar fazer audiência pública, uma vez que a alteração nos números dos incentivos fiscais. Isso dá prejuízo na arrecadação. Mas tudo será definido no Colégio de Líderes”, explicou o parlamentar.

Com o PLOA 2020, de acordo com Dal Bosco, o governo pretendia fechar o próximo ano com um déficit de apenas R$ 572 milhões, e com isso manter o equilíbrio fiscal. Mas com a derrubada do veto, o déficit deve aumentar. “Isso é preocupante. Agora o estado está analisando os novos números para encaminhar o substitutivo integral. Isso deve acontecer ainda este ano, se os deputados aprovarem, no mais tardar, no início de janeiro de 2020, a abertura do orçamento”, disse.

Questionado se o veto derrubado pelos parlamentares pode comprometer o estado em conceder a Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores públicos para o próximo ano, Dal Bosco disse que sim. “Quando veio a Lei de Diretrizes Orçamentárias 2020, que tinha previsão de déficit de R$ 710 milhões, mas com a aprovação do PLC 631, a projeção era de superávit de R$ 121 milhões. Mas, na elaboração da LOA 2020, a projeção voltou a ser de déficit de R$ 572 milhões. Para o próximo ano, o governo estadual não tem garantia de repasses do governo federal e, com isso, a derrubada do veto deve aumentar”, explicou.

Com a derrubada do veto, o líder do governo disse que o déficit no orçamento do estado para o próximo ano pode superar o valor previsto na LOA, que é de pouco mais de R$ 500 milhões. “Com as alterações, déficit pode chegar à casa de R$ 1 bilhão. O governo vai ter que fazer manobras financeiras e fazer ajuste, depender do governo federal ou ainda fazer campanha para a recuperação tributária. Se em 2019 está sofrendo, em 2020 pode sofrer ainda mais”, disse.         


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