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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Sema reafirma posição contrária à instalação de PCHs no rio Cuiabá

Secretária adjunta da pasta se manifestou durante reunião da Comissão de Meio Ambiente, após questionamento do deputado Wilson Santos sobre a preocupação quanto a emissão de licença para a empresa Maturati

POR SAMANTHA DOS ANJOS / GABINETE DO DEPUTADO WILSON SANTOS  •  25 DE NOVEMBRO DE 2025 ÀS 10:31:00  •  100 Acessos

POR SAMANTHA DOS ANJOS / GABINETE DO DEPUTADO WILSON SANTOS  •  25 DE NOVEMBRO DE 2025 ÀS 10:31:00  •  100 Acessos

Deputado Wilson Santos expressa preocupação com possível instalação de 6 Pequenas Centrais Hidrelétricas no rio Cuiabá, que poderia causar desequilíbrio ambiental. A Sema já se manifestou contra a licença e o deputado defende a utilização de energia solar como alternativa.

Texto gerado pela Alê, nossa inteligência artificial.

Wilson Santos é membro titular da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa

Wilson Santos é membro titular da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa

Foto: Helder Faria

A reunião da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), desta segunda-feira (24), contou com a presença da secretária adjunta de Licenciamento Ambiental e Recursos Hídricos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), Lilian Ferreira dos Santos, que apresentou os resultados obtidos na gestão. Na oportunidade, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) mostrou preocupação com a possível instalação de seis Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no rio Cuiabá que poderá ocasionar um desequilíbrio ambiental. 

O parlamentar informou que a empresa Maturati Participações impetrou mandado de segurança na Justiça Federal com pedido para que a Agência Nacional das Águas (ANA) reanalisasse o processo administrativo, conforme prevê a Resolução nº 131/2003, sobre os procedimentos referentes à emissão de declaração de reserva de disponibilidade hídrica e de outorga de direito de uso de recursos hídricos, para uso de potencial de energia hidráulica superior a 1 megawatt (MW) em corpo d'água de domínio da União.

“A Assembleia Legislativa de Mato Grosso tem votado, quase de forma unânime, contra a instalação destes empreendimentos hidrelétricos no rio Cuiabá. Somos contra e a Sema já interviu, por duas vezes, na não emissão de licenças. Quero só reportar aqui, para que estejam atentos, pois esse povo já conseguiu uma decisão judicial favorável e eles estão forçando a ANA. Já tivemos uma reunião com o senador Jayme Campos (União), em fevereiro deste ano, muito importante para que a diretoria da ANA veja que estamos acompanhando esse projeto de perto. Provavelmente, este assunto pode voltar para a Sema e ficaremos torcendo para que mantenha a mesma posição do indeferimento da licença”, disse o deputado. 

Prontamente, a secretária Lilian respondeu ao Wilson Santos e afirmou que realmente o processo pode voltar para a Sema. “Deputado, essa resposta já posso te dar. O processo pode voltar. É uma situação que não tem como impedir. Mas, posso garantir que nessa gestão – sendo a mesma equipe e eu estiver a frente dela – a nossa decisão vai ser a mesma. Nós somos contrários a essa instalação e nenhum de nós vai fazer um parecer favorável ou uma licença que permita a instalação destas PCHs”, frisou.

Ela salientou que a mudança de posição poderia ocorrer se houvesse um outro estudo com a mesma robustez da empresa Maturati e que provasse o contrário. Já o superintendente de Recursos Hídricos da Sema, Luiz Henrique Noquelli, complementou que todos os estudos realizados já viabilizaram o parecer negativo, sendo que a pasta seguiu à risca ao que foi determinado em nota técnica da ANA, conforme colocado por estudo realizado pela Fundação Eliseu Alves. 

“Este estudo elaborado pela Fundação Eliseu Alves, declarou a sub-bacia do rio Cuiabá como zona vermelha ou zona de conflito para empreendimentos hidrelétricos, pois possuem rotas migratórias de peixes e são muito importantes para a sua conservação. Sem contar o grande impacto ambiental para toda a Bacia do Alto Paraguai (BAP)”, finalizou Wilson Santos. 

Uma das defesas do deputado é a utilização de energia solar, apontando que os 154 megawatts que a Maturati pretende gerar por meio das PCHs poderiam ser obtidos sem impactos ambientais, a partir da instalação de placas solares em uma área de 1,2 mil hectares.

Gabinete do deputado Wilson Santos