Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Quarta-feira, 8 de janeiro de 2020 16h23


REFORMA DA PREVIDÊNCIA

“Taxar proventos de aposentados é condená-los à morte”, diz João Batista

A declaração foi um desabafo do parlamentar na tribuna, durante a primeira sessão de 2020, realizada na terça-feira (7), na ALMT

LUCIENE LINS / Gabinete do deputado João Batista



Foto: Marcos Lopes

Durante a sessão ordinária realizada na terça-feira (7), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual João Batista (Pros) fez um desabafo na tribuna, afirmando que “taxar em mais 14% os proventos dos aposentados é condená-los à morte”. A declaração do parlamentar foi referente ao projeto de lei complementar, enviado pelo governador Mauro Mendes (DEM), que eleva de 11% para 14% a alíquota de contribuição do servidor com a Previdência estadual.

Segundo João Batista, os parlamentares não tiveram tempo para discutir e analisar todo o conteúdo da proposta e destacou que o governador quer replicar o mesmo texto da reforma federal, que, na prática, vai inviabilizar a aposentadoria dos trabalhadores e exigir um sacrifício maior aos aposentados.

“Todas as mensagens enviadas pelo governador chegam em curto espaço de tempo, inviabilizando os debates e as discussões entre os parlamentares. Um tema como este é preciso ser discutido com tempo e responsabilidade”, frisou.

O parlamentar lamentou ainda a taxação nos proventos de aposentados a partir de um salário mínimo (R$ 1.039,00), que atualmente contribuem a partir do teto do INSS (R$ 5.839,45). “Desse modo, os que recebem os menores salários pagarão proporcionalmente mais. Grande parte dos aposentados sofrem com altos percentuais de descontos consignados, mais uma taxa de 14% vai condená-los a morte. Não acho justo o governo do estado meter a faca nos servidores desta forma”, disse João Batista, com timbre de revolta.

Finalizando sua fala em defesa dos trabalhadores e da classe menos favorecida do estado, o deputado convidou os servidores para estar presentes, lotando as galerias da Casa de Leis. “Se os servidores não se mobilizarem, o ferro vai ser muito maior na segunda etapa da reforma da Previdência”, concluiu.


Gabinete do deputado João Batista