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Quarta-feira, 23 de novembro de 2016 19h46


REVELAÇÃO

Jovem rapper cuiabana traz à Rádio Assembleia o combate às opressões

Com voz meiga e forte, a rapper Azul fala das lutas dos negros, das mulheres e das pessoas LGBTs

PRISCILA MENDES / Assembleia Social



Entrevista com a rapper Azul (Foto: Marcos Lopes/ALMT)

Uma menina doce, de sorriso fácil, de inebriar com sua delicadeza. Não fosse o suficiente para encantar, a rapper Azul começa a falar e surpreende a todos com seu conhecimento político, seu posicionamento crítico e a forte luta contra as opressões, apesar da pouca idade. Negra, cuiabana, moradora da periferia de Várzea Grande, 19 anos, traz para as músicas que compõe o combate ao racismo, ao machismo e à LGBTfobia.

Azuila Costa, a Azul, se identificou com o rap recentemente e encontrou, no estilo, espaço para sua luta e para sua voz. Aliás, uma voz meiga e forte, que carrega toda a leveza e firmeza que a artista expressa.

Ouvi-la cantar as próprias composições é se prender à cadeira, na expectativa de qual nova pauta – sobre abuso de homens, sobre a luta de tantas ‘donas Marias’, sobre as dores das pessoas trans, etc. – ela vai abordar. “Eu vejo tanta injustiça... Eu sou artista! É no meio da arte que eu vou fazer alguma”, conta.

A rapper está experimentando estilos e busca agregar ao rap, cuja referência foi “importada”, toda a brasilidade. “A gente está muito acostumada a fazer arte [com conteúdo] de fora e eu quero uma coisa mais nossa”, se referindo a seu fascínio pelo samba e pelo maracatu, que utiliza em suas músicas. “Eu quero valorizar a cultura afro-brasileira”.

As inspirações de Azul são das mais ricas e variadas, mas ela fala com orgulho das oportunidades em que conheceu pessoalmente duas de suas referências: a rapper Karol Conka (também negra e feminista) e a ‘imortal’ Elza Soares – com sua voz forte, inconfundível – ambas mostrando o poder e a garra da mulher.

Azul conheceu as duas musas em uma longa e produtiva viagem para Belo Horizonte (MG), para onde foi para participar de um projeto musical e lá ficou oito meses, bebendo da fonte de um cenário onde o rap já é bastante disseminado.

Agora, Azul está buscando espaço em Cuiabá para seu rap feminino, de garra. Ela sabe que haverá muitos desafios, mas já teve a clareza que fazer rap e lutar contra as opressões são o seu presente e seu futuro. “Eu acredito muito que, para conseguir, é preciso determinação. Eu posso, eu acredito, eu sou capaz, eu vou!”

 

Entrevista da rapper Azul ao 'Sons de Mato Grosso' (Foto: Marcos Lopes/ALMT)

SINTONIZE 89,5 FM – A rapper Azul já tem dupla agenda nos espaços da Rádio Assembleia, programe-se!

Amanhã (24), às 20h30, ela será entrevistada, ao vivo, pela locutora Thayana Bruno, no quadro ‘Drops de Cerrado’, do programa ‘Segue o som’, quando ela irá falar da sua música e dos planos profissionais.

Dias depois, na segunda-feira, 05 de dezembro, às 12 horas, vai ao ar o programa ‘Sons de Mato Grosso’, gravado na tarde de hoje (23). Eduardo Ferreira fala com ela sobre música, claro, mas sobre luta, trajetória, vida.

Na rádio FM, basta sintonizar no 89,5. Quer ouvir pela Internet? É só clicar em radioassembleia.com e curtir!


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