De acordo com o procurador geral da Defensoria Pública de Mato Grosso, Djalma Mendes, o objetivo principal do evento foi agregar as famílias e explicar como se encontra a real situação da área. “Temos a responsabilidade de esclarecer a comunidade envolvida, mas tudo vai depender o que estiver nos autos do processo. A Defensoria está atenta e a definição final está nas mãos do Judiciário”, explicou Mendes.
A situação das famílias já se arrasta há vários anos e o defensor público Rogério de Borges Freitas, coordenador de Regularização Fundiária da Defensoria Pública, disse que na época a Justiça concedeu reintegração de posse a duas pessoas que alegavam ter a posse da terra. A Defensoria assumiu a defesa da Associação dos Acampados da Gleba Boa Sorte, composta por pequenos produtores, e averiguou que 50% da área em discussão é pública, outros 15% de conservação ambiental e 35% restantes de títulos.
“É uma ação demorada, mas existe um pleito e o trabalho da Defensoria é para que elas (famílias) consigam voltar para a área anterior”, afirmou Freitas.
O Intermat ainda investiga se a outra metade também é de propriedade do Estado. Para o presidente da Associação das Famílias da Gleba Boa Sorte, Jairo Alves de Aquino, as pessoas estão vivendo sem qualquer tipo de estrutura. “Não temos água e nem alimentos para as crianças, estamos vivendo a beira de rodovias”, falou ele, esperando ainda que o conflito seja resolvido de forma adequada e sem prejuízo para os pequenos produtores, que permaneceram na área por três anos.
Para Danielle Villas Boas Biancardini, defensora pública da Assembleia Legislativa, a questão agrária é um problema sério no país e, em Mato Grosso, a situação também não é diferente. “Essa ação de parceria entre a Assembléia, Ministério Público e Defensoria Pública, é muito importante para a comunidade, pois esclarecerá muitos assuntos que elas (famílias) estavam em dúvida, o impasse será resolvido dentro da legalidade”, disse ela.
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