Na Sinfra (Secretaria de Estado de Infra-estrutura), a obra foi dividida em dois lotes: o primeiro, com extensão de 51 km – ligando o entroncamento da MT-170 com a BR-174 (Caramujo) até Vila Cabaçal e Curvelândia, já foi licitado e aguarda homologação pela secretaria. O segundo – de Curvelândia a Salto do Céu, com 50 km – já foi homologado e as obras começam na próxima semana.
Cálculos feitos pela assessoria da Sinfra revelam que o prazo para conclusão de obras de restauração em trechos de 50 km de rodovia é, em média, de 90 dias. “Ocorre que – em Mato Grosso – o clima é caracterizado como tropical chuvoso com nítida estação seca, cerca de 95% das chuvas acontecem no período de outubro a abril e já estamos praticamente no final de agosto. É importante que o governo atente para o período das chuvas e conclua as obras naquela rodovia antes desse estágio”, salientou França.
Para Elias Leal, os problemas se estendem aos riscos de acidentes com possíveis perdas de vidas, gerados por buracos e outras irregularidades nas pistas – tudo agravado pelas chuvas. “Temos eventos que se alongam na região de Curvelândia e quem anda nas estradas sabe dos riscos de acidentes – inclusive com perda de vidas. Podemos evitar esses problemas se essa situação for priorizada e concluirmos esses trabalhos com certa rapidez. É um compromisso que eu gostaria de ver o governo firmar”, disse o prefeito.
Ele reforçou que – se necessário – fará até um pedido em função da “necessidade grande” porque Curvelândia não tem produção expressiva de grãos. “Pelo contrário, nossa produção é formada pela agricultura familiar. É turismo de um lado, agricultura familiar de outro e os dois se encontrando no final, mas a primeira não gera dividendos fortes no ICMS; não é impactante”.
Vários fatores são considerados de alto risco, para França e Elias Leal, se as obras não forem concluídas antes do período chuvoso. Entre eles, estão as falhas existentes no asfalto aliadas à água; os efeitos nocivos quando ela se mistura aos restos de óleo e borracha que os carros deixam na pista, e à poeira. Esse conjunto se torna mais perigoso à noite – quando o asfalto fica frio, favorecendo a durabilidade dos pneus, atraindo os caminhoneiros e aumentando o fluxo de veículos de grande porte.
Atenção para o crescimento
Os seis anos e meio de existência de Curvelândia e seu foco voltado para a exploração do ecoturismo e a valorização da agricultura familiar uniram França e o prefeito em torno do que consideram a “base estruturante” da economia local, a partir de projetos e pleitos formalizados pelo segundo. Eles estão tentando viabilizar obras que envolvem infra-estrutura e a valorização estética da cidade.
“Precisamos ter uma cidade produtiva e, ao mesmo tempo, bonita e limpa. Por isso, estamos focado em pavimento, lixo e cidadania, inclusive com projeto tramitando na Sema”, observou Elias Leal. A proposta do prefeito, encampada por Roberto França, trabalha com a educação ambiental e com a coleta seletiva dentro das escolas municipais e estaduais que funcionam em Curvelândia. Com a impossibilidade local de reciclar lixo, a prefeitura busca parceiros para transferência dessa matéria prima.
A Prefeitura de Curvelândia também está trabalhando o plano de manejo das cavernas. Para tanto, criou uma Área de Proteção Ambiental (APA) – unidade de conservação, junto com o Ibama, com mais de 274 hectares. A parceria é entre produtor rural-proprietário (o fazendeiro-parceiro), prefeitura – através de sua Secretaria de Turismo e Meio Ambiente – e o Ibama. A modalidade da parceria é “Monumento Natural” e seu objetivo principal é zelar pela exploração de forma sustentável das cavernas existentes na área.
Nela, Curvelândia tem a maior caverna de Mato Grosso – a Caverna Jaboti – com extensão – medida ainda parcialmente – de quatro quilômetros no seu entorno. “Para esse trabalho, a busca é por recursos para o plano de manejo. Precisamos transformar esse potencial em um produto e tornar – quem sabe – Curvelândia uma referência para o ecoturismo no estado”, concluiu Elias Leal.
Segundo Roberto França, a busca pelos potenciais regionais de Mato Grosso deve ser um trabalho permanente a unir prefeitos e parlamentares. “Assim como Nobres tem interesse e como Alta Floresta explora, Curvelândia quer – e pode – estar no rol dos municípios mato-grossenses que têm potencial com produtos diferenciados”, enfatizou o deputado.
Os projetos que darão suporte à atual infraestrutura do município envolvem cerca de R$ 2 milhões, e trabalhos na busca de conscientização e de investimentos voltados à educação e a outros setores. que estamos pleiteando junto ao governo do estado que é um parceiro dos projetos do município.
Além do seu parque, Curvelândia tem outros atrativos como as gargantas do Rio Cabaçal – prontas para a exploração do ´rafting´ (uma modalidade de esporte radical) assim como águas cristalinas para flutuação – rios subterrâneos dentro da formação calcárea. O município também investe na cultura do trabalho artesanal com argila, como forma de identificação cultural e geração de emprego e renda. Tem, ainda, grupos de danças que podem se apresentar em qualquer palco do estado.
O município também conquistou diversos prêmios, como em Educação e Cultura, com o projeto municipal Curva Feliz – parceiro do projeto Aplauso – da Secretaria de Estado de Educação. No ano passado, ele ganhou o concurso Inovação em Gestão Educacional, do Ministério da Educação, com prêmio de R$ 50 mil destinado às suas oficinas.
O programa consiste em colocar crianças em salas de aula através de oficinas extra-classe, dando a elas a opção das quatro paredes – incluindo-as e melhorando a qualidade dos índices locais em educação e cultura. Como outra atração importante, Curvelândia vai realizar – nos dias 28, 29 e 30 de setembro próximo – o sétimo evento consecutivo “Arte Curva”. No ano passado, ele atraiu cerca de 25 mil pessoas para a cidade que tem – apenas – entre cinco e seis 6 mil habitantes.
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