Moratória da soja e da carne gera preocupações e mobiliza setor e municípios em MT
Deputado Dilmar Dal Bosco comentou que Mato Grosso deve alimentar o mundo e que moratória precisa ser superada
No cenário de desafio do agronegócio mato-grossense, uma sombra paira sobre os produtores de soja e carne que abriram áreas legalmente após 2008. A moratória, que impede a comercialização desses produtos, torna-se um obstáculo significativo para o estado que desempenha um papel crucial na produção de alimentos no país.
Na tarde de ontem (22), o deputado Dilmar Dal Bosco (União) participou de uma mobilização, realizada pelo governador Mauro Mendes (União), no Palácio Paiaguás, em Cuiabá. Em uma fala contundente, Dal Bosco, que é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso, destacou a importância estratégica do estado na alimentação global e apontou que o crescimento previsto até 2030 pode atingir quase 30% do valor do consumo de alimentos.
“Essa moratória impede que a soja e carne de produtores mato-grossenses, que abriram áreas legalmente a partir de 2008, sejam comercializadas e é o Mato Grosso que pode expandir, é o Mato Grosso que pode desenvolver, é o Mato Grosso que pode alimentar o mundo, nós teremos um crescimento, até 2030, de quase 30% do valor do consumo de alimento, somos o único estado propício a aumentar a sua produção é o estado mato-grossense”, disse Dilmar.
Dal Bosco ressaltou que o Mato Grosso é um estado de vanguarda tecnológica, marcado por inovação e aumento da produtividade. Com uma produção de soja que saltou de 45 para 60 sacas por hectare e a perspectiva de atingir 80 a 85 sacas, Mato Grosso se destaca como líder na busca por novas tecnologias e métodos sustentáveis. O deputado enfatiza que não se trata apenas da abertura de novas áreas, mas faz respeito ao direito dos mato-grossenses de expandir sua produção de maneira sustentável.
“Nosso estado é tecnológico, um estado que inovou, que qualificou, capacitou, que tinha uma produção de 45 sacas de soja por hectare e hoje, foi para 60, podendo chegar a 80, 85 sacas de soja por hectare, buscou novas tecnologias, aumentou sua produção nas mesmas áreas. Nós não estamos falando de abertura de novas áreas, estamos falando de respeito ao direito do mato-grossense. Nosso estado tem muito a expandir”, salientou Dal Bosco.
Ao abordar os desafios impostos pela moratória, Dal Bosco propõe uma estratégia aprovada à União Europeia, que fixou o marco regulatório em 2020/21. O deputado sugere a revisão do Código Florestal Brasileiro, alterando o marco de 2008, pelo mesmo utilizado pela União Europeia. Essa mudança, segundo ele, poderia resolver até 95% dos problemas de embargos.
A recente reunião com o governador Mauro Mendes, prefeitos, deputados, produtores rurais e representantes do agronegócio buscou consolidar medidas conjuntas contra a moratória, evidenciando a necessidade de ações seguras para garantir o desenvolvimento sustentável do setor no estado. “Falei ao deputado federal, Pedro Lupion, que é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária nacional, vamos usar a União Europeia da mesma maneira, eles colocaram impedimento de produção como marco regulador 2020/21, então vamos alterar a legislação. Vamos pegar o Código Florestal Brasileiro, ao invés de 2008 o marco regulador, colocamos na mesma ideia que é a União Europeia colocou, 2020 ou 2021. Aí, com toda certeza, nós vamos estar com quase 95% dos problemas de embargos resolvidos. Tem que ser tomadas atitudes e essa reunião foi importante para isso, reunimos com o governador Mauro Mendes, prefeitos, deputados, produtores rurais e representantes de entidades do agronegócio de Mato Grosso para definir medidas duras contra a moratória da soja e da carne e encontrar uma solução”, finalizou Dilmar.