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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Terça-feira, 19 de abril de 2016 16h21


SONEGAÇÃO

Aldevino será trazido à CPI de forma coercitiva e dono da JBS é convocado para dia 10

CPI também esclareceu identidade do empresário Paulo Bernardo: é mesmo o homicida que está preso no Capão Grande

MARIA NASCIMENTO TEZOLIN / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO



Reunião das CPI das Renuncias e Sonegações Fiscais. (Foto: Angelo Varela/ALMT)

 A Comissão Parlamentar de Inquérito da Renúncia e Sonegação Fiscal decidiu hoje (19.04) pela condução coercitiva do empresário Aldevino Aparecido Bissoli, que faltou ao chamamento da CPI na condição de testemunha. A nova reunião para ouvir o empresário foi marcada para amanhã (20), às 13 horas. Por decisão unânime entre os deputados presentes à reunião, o oficial de justiça, acompanhado de policiais, deve localizar e trazer a testemunha.

A CPI também marcou o depoimento do empresário Wesley Mendonça Batista, proprietário da empresa JBS, para o próximo dia 10 de maio, às 13 horas. Estiveram presentes aos trabalhos da CPI, hoje, os deputados José Carlos do Pátio (presidente), Wilson Santos e Coronel Taborelli (membros).

Sobre a decisão de trazer Aldevino de forma coercitiva, Pátio disse que “ele tem obrigação legal de atender ao chamamento, e não o faz já há várias reuniões. Ele é um empresário com várias empresas e sabemos que é ‘mula’ a serviço de grandes grupos econômicos”. O presidente da CPI assegurou que, caso o convidado não compareça, “serão tomadas medidas mais drásticas”. O deputado Wilson Santos disse que “as informações levantadas comprovam que Aldevino é líder de uma organização que serve a uma organização maior e que atua como ‘mula’”.

Aldevino Aparecido Bissoli é proprietário da empresa Mira Grãos e já prestou um primeiro depoimento à CPI em 10 de março. Naquela ocasião, negou estar ciente de que a empresa teria sonegado R$ 21 milhões em impostos, apresentou certidões negativas de débitos fiscais e judiciais e informou que parcelou dívidas em impostos, relativas ao ano 2000, no valor de R$ 800 mil. Ele ainda afiançou que enviaria aos membros da CPI cópias dos contratos firmados com fornecedores e compradores, mas destacou que não tem fornecedores nem compradores fixos. Agora ele deve esclarecer dúvidas sobre “manobras” para a sonegação.

 

PAULO BERNARDO

Na reunião de hoje, a assessoria jurídica da CPI entregou relatório que comprova a identidade do empresário Paulo Bernardo Campos, sócio-proprietário da empresa Folha Verde Comércio. O pedreiro, que está preso preventivamente na cadeia do Capão Grande, acusado de tráfico de drogas e assassinato do assassino do seu filho, é, de fato, o sócio-proprietário da Folha Verde. No mês passado, Paulo Bernardo compareceu à CPI e foram levantadas dúvidas sobre se ele era o mesmo empresário arrolado na CPI.

“Naquele momento, quando ele veio aqui algemado, alegou desconhecer todos os fatos que o trouxeram ao depoimento. O deputado Emanuel Pinheiro e até eu chegamos a pensar na hipótese de se tratar de um homônimo, ou seja, alguém com o mesmo nome, mas agora, após levantamento minucioso feito pela equipe, temos certeza: Paulo Bernardo, que está preso no Capão Grande e é homicida, é também o empresário dono de empresa que sonegou mais de R$ 100 mil. Não sei se ele era usado como ‘laranja’ e não sabia, ou se quis nos confundir, mas agora não restam dúvidas, é ele mesmo”, concluiu Pátio. Paulo Bernardo foi trazido para depor na CPI em 09 de março.

 


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