Brasão

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Terça-feira, 5 de abril de 2016 09h27


ARTIGO

Dom Aquino Corrêa, o Grande

Devemos muita gratidão a essa grande autoridade mato-grossense

DEPUTADO EMANUEL PINHEIRO / ALMT



Celebramos os 60 anos da morte do arcebispo de Cuiabá Dom Francisco de Aquino Corrêa (1922 - 1956). Ele foi um homem de Deus, da Igreja, das letras, da política, de Mato Grosso e de toda a nossa Pátria amada. Devemos muita gratidão a essa grande autoridade mato-grossense.

Francisco de Aquino Corrêa, último de quatro irmãos, nasceu em Cuiabá, no dia 2 de abril de 1885. Filho do comendador Antônio Tomás de Aquino e de Maria de Aleluia Gaudie Ley. Foi um dos pioneiros e idealizadores da obra salesiana em Cuiabá.

Ele foi poeta em quatro línguas. Um dos seus poemas, “Canção Mato-grossense”, foi oficializado, em 1983, o Hino de Mato Grosso, musicado pelo maestro e tenente da Polícia Militar Emílio Heine. A canção foi cantada em público pela primeira vez durante a cerimônia das comemorações do bicentenário de fundação de Cuiabá, em 8 de abril de 1919.

Com apenas 29 anos de idade, foi nomeado, pelo Papa Pio V, bispo titular de Prusíade, consagrando-se a 1º de janeiro de 1915, na Catedral Metropolitana de Cuiabá, ocasião em que adotou oficialmente o nome de Dom Francisco de Aquino Corrêa.

No campo da política, assumiu a presidência do estado de Mato Grosso, em 1917, com apenas 32 anos, quando o momento político exigia um gestor ponderado e com feições apartidárias. Fatores preponderantes no seu mandato, que consolidou por ter sido qualificado como conciliador.

Durante seu governo, criou o Brasão de Armas de Mato Grosso, inaugurou o serviço de iluminação elétrica da Capital, introduziu os primeiros automóveis em Cuiabá, comemorou o bicentenário de fundação da Capital, idealizou o Instituto Histórico de Mato Grosso.  Foi fundador da Academia Mato-Grossense de Letras.

Foi elevado ao posto de arcebispo de Cuiabá, pelo Papa Bento XV, aos 16 de abril de 1922, quando contava com 37 anos de idade. Em 9 de dezembro de 1926, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, na vaga deixada por Lauro Müller. Sua posse foi muita concorrida e contou com a presença do Presidente da República Washington Luis e de vários Ministros de Estado.

Intelectual, inteligente e muito inspirado, D. Aquino deixou escritas inúmeras peças literárias, tanto em prosa quanto em verso, publicadas em diversos periódicos e também em livros. O poema “Véu de Noiva” inspirado pela incrível beleza cênica de Chapada do Guimarães originou o nome da famosa cachoeira, que atualmente atrai milhares de turistas.

O seu falecimento ocorreu aos 22 de março de 1956, em São Paulo, capital. Seu corpo foi transladado para Cuiabá, onde foi enterrado, aos 24 de março, com todas as honras de Chefe de Estado e da Igreja Católica. Seus restos mortais estão sepultados na Catedral Metropolitana de Cuiabá.

O seu domínio era absoluto na tribuna pública. A minha admiração é tamanha por esse cidadão mato-grossense. A sua inteligência era nata, pois que era admirado não só como orador sacro, mas também como grande realizador de atividades culturais.

Estamos carentes de grandes homens dessa natureza. Temos que reverenciá-lo e tornar públicas as suas benfeitorias. Momentos como esses não podemos passar em branco especialmente na semana das comemorações do aniversário de Cuiabá.

Nada mais justo do que homenagear um dos maiores cuiabanos de todos os tempos. Tenho para mim que, na vida humana, os bons exemplos hão de ser copiados.

Amém!

*Emanuel Pinheiro é deputado estadual pelo PMDB em Mato Grosso


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: imprensa1al@gmail.com


Associadas


Imagens