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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015 16h30


PORTARIA 443/14

Deputado recorre à bancada federal para “salvar” setor madeireiro

Portaria do Ministério do Meio Ambiente (MMA), publicada em dezembro do ano passado, proibiu a coleta, corte, transporte, e o armazenamento da Itaúba, Garapeira, Jatobá, Cerejeira, Jequitibá e a Cedro; Parlamentar teme desemprego em massa e queda na economia local

JOELMA PONTES / ALMT



Sessão Plenária Ordinária Vespertina de Terça-Feira (Foto: Maurício Barbant/ALMT)

O deputado estadual, Silvano Amaral (PMDB), recorreu aos deputados da bancada federal de Mato Grosso, Carlos Bezerra (PMDB) e Valtenir Pereira (PROS), para tentar conseguir a revogação da portaria 443/2014 do Ministério do Meio Ambiente, publicada em dezembro do ano passado, que proíbe a coleta, corte, transporte e o armazenamento da Itaúba, Garapeira, Jatobá, Cerejeira, Jequitibá e Cedro, por risco de extinção das espécies.

Segundo Silvano, a extinção das espécies em Mato Grosso será contestada. Disse ainda, que o governador do Estado, Pedro Taques (PDT), já solicitou à Secretaria de Meio Ambiente (Sema) uma pesquisa indicando a situação de cada uma das espécies apontadas pelo MMA.

Em nota encaminhada à imprensa, Taques afirma que se os relatórios comprovarem que as espécies não estão em extinção, ele irá com os documentos em mãos ao Ministério, afim de que a portaria seja revogada ou readequada.

“O setor madeireiro depende desse tipo de matéria prima para sobreviver”, disse o parlamentar, que alertou sobre uma possível demissão em massa e queda na economia local.

“A divulgação da portaria foi uma surpresa para o setor que agora está de mãos atadas. A portaria tem que ser reavaliada o mais rápido possível. Foi um golpe muito forte, mas a nossa bancada em Brasília já se mobilizou e o governador se mostrou sensível a questão”, assegurou Silvano Amaral.

Lucinei Amaro, proprietário da empresa Marilu Madeiras, em Sinop, disse que a situação é desesperadora. “Estamos desesperados. Não sei o que vai ser de nós, se essa portaria não for revogada. O prejuízo é muito grande para a maioria das empresas que hoje possuem esse tipo de madeira no pátio”, ressaltou o madeireiro.

Geraldo Bento, presidente do Centro das indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), também defende a revogação da portaria. Ele alerta que o setor enfrenta uma situação bastante crítica na base florestal em razão da portaria lançada há menos de 40 dias.

“Travou o segmento florestal num momento de crescimento e numa atividade que, ao contrário do que prevê a portaria, ajuda a preservar estas espécies e não a extingui-las. Sendo assim, precisamos reverter essa medida urgentemente, até porque, hoje, já temos várias empresas no estado paralisadas em virtude da instalação dessa determinação do MMA e a situação pode ficar cada vez mais alarmante", avaliou Bento.

O deputado Silvano ressaltou que “não se pode cruzar os braços diante de uma situação como esta. Estamos falando de milhares de trabalhadores e de empresas que correm o risco de fechar as portas, já que a medida poderá afetar, consideravelmente, a economia do nosso estado”, alertou o peemedebista.

O parlamentar acredita que até a próxima semana a portaria será revogada, mas adiantou que “caso isso não ocorra, não tenha dúvidas, uniremos com o setor e vamos para cima até que a situação no Estado (Mato Grosso) seja controlada”, afirmou. 


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Telefone: (65) 3313-6880


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