Deputado Silvano cobra esclarecimentos à SES (Foto: Lucas Diego)

O deputado estadual Silvano Amaral (PMDB), o vice-prefeito de Sinop, Gilson de Oliveira (PMDB) e vereadores os vereadores do município Joacir Testa, Remídio Kuntz, professora Branca e Maria José da Saúde se reuniram nesta quarta-feira (18) com o secretário de Estado de Saúde Luiz Soares, para saber detalhes da negociação entre estado e a Fundação Santo Antônio, responsável pela administração do Hospital Regional de Sinop.

A Fundação alega que o estado acumula uma dívida de quase R$ 28 milhões de um contrato que encerrou em setembro deste ano. A cobrança, que foi parar na Procuradoria Geral do Estado, agora aguarda parecer pela legalidade do pagamento.

Segundo Luiz Soares, ainda não existe conformidade legal do pagamento porque os valores dos serviços prestados precisam ser revistos. Soares alega que o pagamento da última parcela já foi efetuado e os repasses estão em dia, com exceção do mês de setembro, ultimo mês do contrato, que deve ser feito nos próximos dias.

Soares adiantou aos vereadores e também entregou ao deputado Silvano e vice-prefeito de Sinop uma cópia da contraproposta do novo contrato no valor de R$ 3,2 milhões, tendo em vista o contrato apresentado pela Fundação no valor de R$ 4,4 milhões/mês. O secretário garantiu ao parlamentar e também à comitiva que, caso a Fundação rejeite a contraproposta a SES irá assumir a administração do Hospital Regional de Sinop. “O Hospital não vai fechar. Se não aceitarem, a gente assume lá”, disse o secretário.

O presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Sinop, vereador Joacir Testa, explicou que a divida que o estado supostamente tem com a fundação passa por investigação. O montante chega a R$ 28 milhões e está incluso mais R$ 1 milhão em gastos mensais. Valor que foge do que prevê o contrato.

Recentemente, moradores da região afetados pela falta de atendimento integral de saúde ocuparam a BR-163 ocasionando mais de dois quilômetros de congestionamento. Vale destacar que os hospitais regionais de Colíder e  Sorriso enfrentam as mesmas dificuldades.  Em Sinop, funcionários relataram até mesmo materiais mais simples estavam em falta, a exemplo de ataduras, seringas e luvas.

Há também a informação de que médicos já estão há 120 dias com salários atrasados, funcionários do hospital há dois meses e há 10 meses sem receber o auxílio-alimentação. “O que cobramos é transparência da Fundação e do governo do estado em relação ao hospital, de maneira que não prejudique mais o atendimento à população,”, disse Testa.

“A reunião foi bastante esclarecedora, saímos otimistas e com a certeza de que tudo voltará ao normal em breve. A Fundação e o governo divergem do valor devido, mas isso será resolvido judicialmente. O que queremos é que se resolva e a população saia do meio desse impasse. A prefeitura tem custeado até mesmo remédios de alto custo, situações que fogem de sua competência para que ninguém seja prejudicado, mesmo sem as condições financeiras para isso”, disse o deputado Silvano.