Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Brasão

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Quarta-feira, 21 de outubro de 2015 19h14


OITIVAS

Yuri depõe na CPI das Obras da Copa; Éder é convocado pela segunda vez

A ex-secretária do Núcleo Sistêmico de Turismo, Cultura e Esporte, à época da Copa 2014, Juliana Fiuzi, também terá de comparecer para prestar esclarecimentos sobre contratos

ALLINE MARQUES / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO



Obras da Copa (Foto: Marcos Lopes/ALMT)

O ex-secretário da Agecopa, Yuri Bastos Jorge, compareceu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa para prestar esclarecimentos sobre a contratação do projeto da Arena Pantanal,  sobre a gestão da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa) e também sobre os projetos para a área de Turismo, referentes ao período em que comandou a pasta.

Os membros da CPI ainda aprovaram um requerimento para convocação de Éder Moraes, pois, segundo o presidente do grupo, deputado Oscar Bezerra (PSB), quando Moraes compareceu para prestar depoimento, estava preso e não tinha como fornecer documentos. O parlamentar acredita que o depoente agora poderá colaborar mais com o trabalho da comissão. A expectativa é de que ele seja ouvido ainda este mês.

A ex-secretária do Núcleo Sistêmico de Turismo, Cultura e Esporte, à época da Copa, Juliana Fiúzi, também terá de prestar esclarecimentos a respeito dos procedimentos de contratação das empresas Castro Melo, Deloitte e outras que participaram do processo que antecipou a escolha de Cuiabá como uma das cidades-sede dos jogos do Mundial 2014.

No depoimento, Yuri optou por não citar nomes e nem responsabilizar ninguém pelas falhas na execução das obras, porém ressaltou que os projetos foram "esquecidos" após a mudança de comando da Agecopa, ou seja, com a entrada de Éder Moraes na presidência da agência.

Ex-secretário e também ex-diretor da Agecopa, Bastos Jorge negou qualquer tipo de irregularidade, disse que todos os contratos assinados tiveram o respaldo de pareceres da Procuradoria Geral do Estado. Ele negou qualquer tipo de direcionamento para que a empresa Santa Bárbara vencesse a licitação para construção da Arena Pantanal.

Quanto à dispensa de licitação para contratação da empresa Castro Melo, Yuri disse que se deve ao fato do curto prazo que tinham para que fizessem a apresentação do projeto do estádio à FIFA. Porém, o contrato, que custou cerca de R$ 500 mil, não foi demonstrado à risca, pois foi entregue apenas o estudo de viabilidade, que acabou nem sendo aproveitado. Este fato acabou gerando a contratação da empresa GCP, por R$ 14 milhões, responsável pelo projeto atual da Arena Pantanal. Vale ressaltar que o contrato também foi feito com dispensa de licitação.

Outros dois contratos com a Deloitte foram feitos e Yuri assumiu que foi o responsável pela escolha de tal empresa, justificando o fato pela experiência da mesma em Copas do Mundo, como os eventos na Alemanha e na África.

O primeiro acordo foi firmado antes da escolha de Cuiabá na preparação do material que seria entregue à FIFA e, num segundo momento, outro contrato foi realizado para execução do Caderno de Encargos.

Um dos temas abordados pelo deputado Silvano Amaral (PMDB) foi com relação ao teleférico, o qual inclusive resultou numa condenação ao ex-secretário, que recorre da decisão. Yuri lamentou o fato de o projeto não ter saído do papel e se isentou de qualquer responsabilidade. Segundo Yuri, houve uma decisão unilateral por parte de Éder Moraes em não realizar o projeto do teleférico e também do Complexo Turístico da Salgadeira. Sobre o pagamento de R$ 500 mil à empresa responsável pela obra, sem que nada tivesse sido feito, o ex-secretário alegou que o pagamento foi feito em outra gestão, após ter deixado a pasta e não tem responsabilidade sobre isso.

Para o presidente da CPI, a oitiva de Yuri pouco contribuiu, mas alertou para o fato de que a comissão possui vários documentos e mesmo com a negativa é possível chegar-se aos responsáveis.

“Ele foi muito ágil se isentando dos fatos. Quem acha que vem aqui e está nos enganando está muito equivocado. Outros depoimentos confirmam a participação de cada um deles neste processo”, declarou Oscar Bezerra.

O deputado Wagner Ramos (PR) declarou que a Copa foi um "fiasco" para o setor turístico e, em sua concepção, o motivo foi a escolha do Veículo Leve sobre Trilho como modal de transporte, o que acabou prejudicando a realização dos demais projetos. 


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: imprensa1al@gmail.com


Associadas


Imagens