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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Quarta-feira, 2 de dezembro de 2015 17h34


EDUCAÇÃO SUPERIOR

Deputados propõem criação da Frente Parlamentar pela Unemat

A reitora da instituição explica que o atual recurso é insuficiente para abrir dois novos câmpus no momento

MARIA NASCIMENTO TEZOLIN / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO



Audiência pública para debater o orçamento da UNEMAT (Foto: Ronaldo Mazza-ALMT)

A Assembleia Legislativa deve instalar, nos próximos dias, a Frente Parlamentar pela Unemat. O objetivo é fazer com que a presença da instituição de ensino seja fortalecida nos câmpus já existentes e ampliada às localidades que a aguardam, como Cuiabá e Rondonópolis. A iniciativa foi deflagrada na tarde dessa quarta-feira (2), durante  audiência  pública proposta pelo deputado Sebastião Rezende. O evento debateu a situação orçamentária e administrativa da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) para 2016 e a implantação de dois novos câmpus da Unemat.  

Os deputados presentes à audiência, Sebastião Rezende, Baiano Filho e José Carlos do Pátio, foram unânimes em defender a união de esforços para encontrar uma saída com vistas ao fortalecimento da universidade. Ainda segundo eles, o governador Pedro Taques está aberto à discussão e quer estudar uma proposta para toda a universidade, e não apenas para algumas unidades. “Nosso objetivo (com a audiência) é o de esclarecer, efetivamente, sobre a instalação da Unemat em Rondonópolis e Cuiabá, em 2016, e vimos que a possibilidade é remota. Isso é uma frustração, mas vamos sair daqui com essa proposta de criar uma frente parlamentar para discutir a Unemat e efetivamente ver esse sonho se concretizar”, disse Rezende.

A reitora da Unemat, Ana Maria Di Renzo, disse que foi importante a aprovação da Emenda Constitucional nº 66, aprovada em 2013, que definiu  a aplicação de recursos com aumento gradual até alcançar 2,5% em 2018. Segundo ela, “a  PEC foi e é importante para a manutenção da universidade”. A emenda prevê que, para o exercício de 2016, sejam aplicados, no mínimo, 2,3% da receita corrente líquida na manutenção e desenvolvimento da universidade. Entre as metas que foram estabelecidas quando da aprovação da PEC, estão a instalação da Unemat em Cuiabá e Rondonópolis.  Porém, de acordo com a reitora, os recursos não suportam o custeio de duas novas unidades. “O que impede a Unemat de cumprir o compromisso de abrir câmpus em Rondonópolis e Cuiabá são as condições orçamentárias. Não temos condições financeiras de vir para Cuiabá e ir para Rondonópolis”, assegurou a reitora.

Para  Di Renzo, é importante defender a Unemat e deixar claro que a instituição não é onerosa, em face à resposta social que dá. Segundo ela, o número de alunos saltou de 12 mil em 2010 para 22 mil em 2016. Desses, cerca de 15 mil em salas presenciais, mais de 5 mil no ensino a distância, 732 fora da sede em salas organizadas e 98 no ensino indígena.  As vagas ofertadas são 35% para alunos de escolas públicas, 25% entre bolsas, cotas e outras modalidades, e 40% de ampla concorrência.  As principais necessidades são salas de aula, acervo bibliográfico, laboratórios, redes  tecnológicas e áreas experimentais. “São carências de coisas essenciais para uma escola como a nossa”. Em Alta Floresta, por exemplo, não há condições de instalar ar-condicionado porque a rede elétrica não suporta.

 A reitora lembrou que, em unidades do interior, ainda se trabalha em prédios emprestados.  Ela estima que são necessários R$ 5 milhões para se levar 3 cursos existentes em Alto Araguaia para Rondonópolis; para a implantação definitiva do câmpus em Rondonópolis seria necessário R$ 1 milhão por curso e mais R$ 4,5 milhões/ano para mantê-los. Com o orçamento atual,  Di Renzo classificou duas prioridades: a primeira, de infraestrutura, e a segunda, reestruturação administrativa.

O debate aconteceu no Plenário das Deliberações “Deputado Renê Barbour”. Compuseram a mesa Sebastião Rezende, Baiano Filho e José Carlos do Pátio, deputados;  Ana Maria Di Renzo, reitora da Unemat;  Ariel  Lopes Torres,  vice-reitor;  Vera Maquea, pró-reitora de Ensino e Graduação; Alexandre  Gonçalves  Porto, pró-reitor de Extensão e Cultura; Francisco Ledo dos Santos, pró-reitor de Planejamento e Tecnologia de Informação; Valter Danzer, pró-reitor de Administração, e Ezequiel Nunes Pacheco, pró-reitor de Gestão Financeira.  

 


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