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Quarta-feira, 29 de abril de 2015 12h20


HIDRELÉTRICAS

Construções de usinas serão debatidas em Colíder

A audiência pública acontece amanhã (30), às 19 horas, na Câmara de Vereadores do Município

ELZIS CARVALHO / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO



Dep. Pedro Satelite (Foto: Maurício Barbant/ALMT)

Os impactos socioeconômicos causados pela construção das grandes usinas hidrelétricas serão debatidos em Colíder – região Norte mato-grossense e distante 650 quilômetros de Cuiabá. A audiência pública acontece amanhã (30), às 19h, na Câmara de Vereadores do Município.

Com as obras, houve um aumento de 20% do fluxo de trabalhadores na região. De acordo com o deputado Pedro Satélite, as empresas utilizam recursos financiados pelo BNDES para investir na construção das usinas hidrelétricas.

“É dinheiro público. Eles estão investindo nas obras cerca de R$ 2 bilhões. Por isso, as empresas têm que trabalhar o social. Os municípios e a população não podem pagar por esse descaso”, afirmou o parlamentar.

Satélite disse ainda que em função da construção das barragens milhares de toneladas de peixes morrem no rio Teles Pires. “Ninguém explicou os motivas das mortes. É uma questão ambiental, e por isso, as empresas têm que esclarecer à sociedade. Os culpados têm que ser punidos”, disse Satélite.

O parlamentar afirmou que as empresas estão construindo as usinas hidrelétricas, ao longo do rio Teles Pires, cometem abusos ambientais. “Não admitimos a forma como a empresa – que detém a concessão para construir as usinas e depois de 30 anos para explorá-la cometam abusos com a população de Colíder, Itaúba, Nova Canaã e Cláudia”, disse.

Em Sinop, por exemplo, de acordo com Satélite, há uma disparidade muito grande com a construção da usina. Nesse município, a população e as autoridades políticas buscam alternativas para corrigir os problemas sociais.

“Nesse período, o fluxo de pessoas aumentou em 20%. São mais seis mil pessoas de trabalhadores na região. Por isso, a possibilidade de aumento da criminalidade, da prostituição, da falta de segurança e da saúde é muito maior”, afirmou Satélite.

Para o parlamentar, o poder público não dá condições de atender quem já vive na região, quanto mais os que vêm de outras cidades. Há um acordo, segundo Satélite, que as empresa têm para ajudar em infraestrutura, e nas questões sociais e, com isso, remediar os prejuízos.

“Sinop , por exemplo, foi pedido a empresa algo em torno de R$ 200 milhões. O governo federal assumiu o compromisso de ajudar por meio do PAC. Isso está sendo aplicado. Enquanto que em Colíder, Nova Canaã , Itaúba e Cláudia fizeram um acordo para receber R$ 5 milhões. Não representa nada à região”, afirmou Satélite.

Satélite disse ainda que foram derrubadas 700 mil m³ de árvores por meio de feito corte raso.  A Companhia Paranaense de Energia – Copel/PR – lançou um edital no Paraná para leiloar quase 1 milhão de madeiras que está em Colíder. “Mas os impostos dessa madeira são, aproximadamente, de R$ 250 milhões, e até agora não foram pagos ainda”, observou o parlamentar.

Para a audiência pública, o convite foi feito à diretoria da Copel/PR, à Secretária de Estado de Meio Ambiente – Sema  – Ana Luiza Avila Peterlini, aos promotores, juízes, vereadores e à sociedade das cidades atingidas pelas construções das usinas hidrelétricas.


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