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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Segunda-feira, 5 de agosto de 2013 11h30


Nortão: uma nova fronteira econômica

A corrida pela nova fronteira agrícola trás consigo incontáveis benefícios aos municípios do Nortão

PEDRO SATÉLITE / ALMT



Fablicio Rodrigues/ALMT
Dep. Pedro Satélite
O extremo norte de Mato Grosso, na última década, passou por severas dificuldades econômicas. Se pudéssemos dar um nome para esse período histórico-econômico, creio que o chamaríamos de “depressão pós-madeira”.

Até o final dos anos 90, a maioria dos municípios que englobam o nortão mato-grossense tinha sua base econômica enraizada na exploração extrativista vegetal. Isso se deu por ser, até então, uma região inexplorada, de matas virgens, e onde o colono tinha obrigação legal de desmatar, como condicionante para a sua manutenção na terra, dentro do programa nacional de ocupação da região amazônica.

Contudo, como em todos os casos de exploração extrativista já visto na história, o ciclo da madeira chegou ao seu final, permanecendo no mercado madeireiro somente aqueles empresários e proprietários de terras que buscaram a legalização de sua atividade trabalhista, respeitando a novas legislações e realizando a exploração sustentável.

Nesse contexto, a “depressão pós-madeira”, para muitos pessimistas, seria o fim de muitos Municípios Norte Matogrossenses, pois estes experimentariam inviabilidade econômica e política, ante o cenário de elevados índices de desemprego e fuga de habitantes.

Todavia, mesmo no período de crise, juntamente com valorosos pioneiros e corajosos investidores, não deixamos de lutar e acreditar no desenvolvimento de todo o Mato Grosso, especialmente da região norte, onde, há mais de 30 anos, encontrei acolhida para minha família que para cá migrou da região sul do país.

Ainda nos anos 80, percebemos que a pavimentação da BR-163 seria, como de fato está sendo, um ponto crucial para o crescimento e desenvolvimento dos municípios do seu entorno, pois percebíamos que “o progresso não possui pernas próprias”, ele precisaria de meios (logística) para chegar aos então remotos municípios norte matogrossensses.

Felizmente, as vozes daqueles que conosco reivindicaram pavimentação e melhorias de trafegabilidade da BR-163 foram ouvidas. A melhoria na logística, que sabemos ainda não ser a ideal, aguçou os olhos do setor agroindustrial brasileiro e está provocando a corrida por uma nova fronteira agrícola, qual seja a do extremo norte do nosso Estado.

Em pouco tempo estará finalizada a pavimentação da BR-163, ligando por asfalto a nossa produção agrícola ao porto de Santarém-PA, provocando uma mudança no fluxo do escoamento dos grãos da safra, que atualmente percorre aproximadamente 2.300 Km até os portos do Sul e Sudeste, e passará para apenas 1.300 Km até o porto paraense. A corrida pela nova fronteira agrícola trás consigo incontáveis benefícios aos municípios do nortão, pois está trazendo consigo uma enxurrada de investimentos públicos e privados, sem contar na valorização das áreas rurais agricultáveis existentes na região e a riqueza que a agricultura produz, aquecendo o comércio local, motivando novos investimentos e, consequentemente, gerando empregos.

Hoje, o otimismo voltou a fazer parte do dia a dia da população e a esperança renasceu no coração dos desacreditados. Afinal, o desenvolvimento econômico bate à porta e chama o norte de Mato Grosso, para um tempo de desenvolvimento como jamais antes visto.

 

*Pedro Satéliteé deputado estadual em Mato Grosso.  


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