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Quarta-feira, 25 de setembro de 2019 10h18


DESTRAVE

Porto de Cáceres passará a ser gerido em parceria entre estado e município

A principal pauta destravada foi a gestão do Porto Fluvial, que passa a ser em parceria entre o governo e a prefeitura

MAX AGUIAR / Gabinete do deputado Valmir Moretto



Foto: ANGELO VARELA / ALMT

O deputado Valmir Moretto (Republicanos) intermediou uma reunião entre o governador em exercício Otaviano Pivetta (PDT) e a prefeitura de Cáceres, no Palácio Paiaguás, para tratar de diversos assuntos referentes ao desenvolvimento do município, que fica a 220 km de Cuiabá. A principal pauta destravada foi a gestão do porto fluvial, que passa a ser gerido em parceria entre o governo e a prefeitura.

Para que seja reativado e possa melhorar a infraestrutura de escoamento da safra da região, o Porto de Cáceres já pode entrar em funcionamento após o mês de dezembro. O Termo de Cessão de Uso foi assinado nesta terça-feira (24), após agenda requisitada pelo deputado Moretto.

Segundo o governador em exercício, o objetivo do governo é ajudar a destravar os fatores que envolvem a retomada do Porto de Cáceres. “Estamos em um esforço grande para entregar resultados para a sociedade mato-grossense”, afirmou Pivetta.

Conforme o presidente da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), Juliano Boraczynski, a intenção é de que a gestão compartilhada possibilite a reativação do porto e a exploração da hidrovia do rio Paraguai.

Para o deputado Moretto, a ativação do Porto de Cáceres ajuda a desenvolver Mato Grosso e a hidrovia pelo rio Paraguai ajuda a desafogar as rodovias do estado. “Hoje demos um grande passo para o desenvolvimento da região oeste e de Mato Grosso. Trabalhar em parceria é a saída. Podemos tornar Cáceres a porta de entrada de fertilizantes agrícolas e de escoamento de soja, fortalecendo a integração comercial com países vizinhos da América Latina”, comentou o parlamentar.

A expectativa do prefeito de Cáceres, Francis Maris Cruz, é realizar um chamamento público para que o setor privado assuma a gestão e faça as alterações de infraestrutura no local, estimadas em torno de R$ 500 mil.

“É importante para todo o estado que esse porto funcione em breve. Mato Grosso é o que mais consome ureia no país e a tendência é aumentar. Já estamos na marca de 1,5 milhão de tonelada de ureia ao ano e podemos importar de forma mais barata pela hidrovia”, ressalta o prefeito, sobre o fertilizante agrícola.

O prefeito ainda ressaltou a importância da atuação do deputado. “O Moretto é um deputado municipalista. Ele sempre atende, busca ajudar os municípios e atender os prefeitos. Conseguiu essa reunião e destravamos várias pautas aqui, como o porto, que agora será gerido em parceria”, comentou o prefeito.

Rota - A rota proposta ao governo aponta como ponto final da hidrovia, a cidade boliviana Puerto Quijarro, que faz fronteira com Corumbá, em Mato Grosso do Sul. Por lá, a soja mato-grossense entraria no solo do país vizinho e seguiria para beneficiamento por esmagadoras para óleo instaladas nas proximidades. Pelo mesmo ponto, a ureia seria transportada de trem e embarcaria pela hidrovia de volta para Cáceres.

A Hidrovia Paraguai-Paraná abre um leque ainda maior para exportação e importação sem utilizar o modal rodoviário. Do total de 3.442 quilômetros da rota aquaviária, 890 quilômetros ficam dentro do Brasil, passando por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Na América Latina, a hidrovia passa ainda pela Bolívia, Paraguai e Argentina. O único trecho que não possui navegação comercial hoje é o que vai de Cáceres até Puerto Quijarro.


Gabinete do deputado Valmir Moretto