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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Terça-feira, 27 de setembro de 2011 09h52


O DEPUTADO ESTADUAL MAURO SAVI (PR) QUER TORNAR OBRIGATóRIO O USO DE PAPEL RECICLADO NOS óRGãOS DOS PODERES EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIáRIO DE MATO GROSSO

Savi insiste na utilização de papel reciclado em órgãos públicos

Parlamentar sugere ao Governo do Estado a expedição de um decreto que regulamente a proposta

MÁRCIA RAQUEL / ASSESSORIA DE GABINETE



O papel é um dos produtos que apresentam a maior taxa de reciclagem no Brasil. Dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) apontam que em 2009 o setor reciclou 3,9 milhões de toneladas de papel, o que equivale a 46% do consumo do produto no país. Com o objetivo de incentivar ainda mais essa prática, o deputado estadual Mauro Savi (PR) quer tornar obrigatório o uso de papel reciclado nos órgãos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de Mato Grosso.

Para isso, o parlamentar sugeriu ao Governo do Estado a expedição de um decreto regulamentando a utilização de papel reciclado para a confecção de material de expediente de todos os setores da administração pública estadual. Em 2007, o deputado apresentou projeto de lei nesse sentido. Porém, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia emitiu parecer contrário sob argumento de vício de iniciativa.

“Consciente da importância do uso do papel reciclado para a preservação do meio ambiente decidimos trabalhar novamente esta proposta. A saída que encontramos foi sugerir a expedição de um decreto com base na proposta apresentada na época, evitando assim um conflito de legitimidade”.

A proposta prevê a introdução, a substituição e a utilização de papel reciclado de forma gradual e permanente no atendimento do serviço público. “Com isso, pretende-se garantir a participação e o comprometimento efetivo do poder público com o meio ambiente e com a educação ambiental, uma vez que o serviço público passará a ser exemplo”, destacou o deputado.

Mauro Savi argumenta que a utilização de papel reciclado não contribuiria apenas para a preservação de árvores, matéria prima para a fabricação do papel, mas também para a economia de água e de energia e para a criação de novos postos de trabalho.

Dados apontam que para a fabricação de uma tonelada de papel reciclado são necessários apenas 2 mil litros de água, ao passo que, no processo tradicional, esse volume pode chegar a 100 mil litros. A economia de energia é na ordem de 50%, sendo que em alguns casos pode chegar a 80%. Já na questão de geração de empregos, estima-se que, ao reciclar papéis, sejam criados cinco vezes mais empregos do que na produção do papel de celulose virgem e dez vezes mais empregos do que na coleta e destinação final de lixo.

Conforme a Bracelpa, a reciclagem de papel no Brasil poderia ser ainda maior com políticas públicas de incentivo do governo, iniciativas empresariais, maior organização dos trabalhadores que recolhem os materiais e novas atitudes do consumidor, a exemplo da preferência pela utilização de papel reciclado e da separação do material reciclado nas residências.

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