Foto: JLSIQUEIRA / ALMT

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, durante sessão desta quarta-feira (29), a moção de pesar apresentada pelo deputado estadual Cláudio Ferreira (PL) pela morte de uma mãe e suas três filhas, em Sorriso, na última sexta-feira (24). O parlamentar lamentou o ocorrido e cobrou a ampliação de medidas de seguranças para combater a violência contra mulheres.

“Um crime horrível que merece ser evidenciado em meio à onda de violência contra mulher que nós passamos no Brasil. Um dos fatores que fizeram com que chegássemos a este fato é a impunidade”, disse o parlamentar, ao lembrar que o assassino de Cleci Calvi Cardoso, Miliane Calvi Cardoso, Manuela Calvi Cardoso e Melissa Calvi Cardoso já havia cometido crimes semelhantes, porém continuava em liberdade.

“Temos casos gravíssimos de feminicídio em Mato Grosso e que os inquéritos sequer foram concluídos, dando os resultados que a sociedade quer e precisa, por exemplo o assassinato da senhora Terezinha em Rondonópolis, presidente da Sanear, que até hoje nós não conhecemos o mandante do crime”, lembrou o Paisagista, como é conhecido.

O deputado lamentou ainda decisões que concedem liberdade a autores de crimes contra mulheres no estado. “Temos também o caso do assassinato da Thays e do seu namorado, pelo senhor Carlos Bezerra. Quero destacar aqui a importância de que quando tivermos a oportunidade de fazer justiça, nós devemos fazer de verdade, para que possíveis criminosos sejam intimidados pela força da lei.”

“Nós perdemos uma grande oportunidade de deixá-lo na cadeia para servir de exemplo de que em Mato Grosso nós não seremos brandos com criminosos que tiram a vida de inocentes, especialmente das mulheres”, completou.

Cláudio Ferreira também criticou ações do governo Lula, que, segundo ele, tem “levado à reincidência de crimes” como a “negação ao direito de autodefesa”, com proibições cada vez maiores à posse e porte legal de armas no país. “Cleci estava com as suas três filhas dentro de casa, seu esposo estava viajando porque é um trabalhador, um caminhoneiro, e o que essa mulher tinha para se defender? Não tinha nada para se defender. Nós sabemos que a arma é um instrumento civilizatório que colabora com a segurança”.  

No texto da moção de pesar, o deputado, que também é coordenador da Frente Parlamentar da Família, manifesta seu repúdio ao suspeito dos assassinatos, Gilberto Rodrigues dos Anjos.