Dep. Wagner Ramos (Foto: Maurício Barbant/ALMT)

A materialização da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, em Tangará da Serra, está a um passo de se tornar realidade. O assunto entrou no oitavo ano desde que o deputado Wagner Ramos (PR) fez o pedido pela primeira vez ao Governo do Estado. Agora, o Projeto de Lei nº 259/2014 está na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, em instância final de apreciação na Assembleia Legislativa.

Tudo começou em 2007, com a Indicação nº 3.390 (13.11.2007) e foi reforçado no ano seguinte com documento idêntico, nº 1.994, de 20.08.2008. Cerca de sete meses antes, a Secretaria de Estado de Justiça tinha informado que a construção não estava prevista no orçamento da Polícia Civil, mas tinha sido incluída na lista de prioridades do Plano Plurianual de 2008/2011.

Para ilustrar sua preocupação com a necessidade de uma Delegacia da Mulher em Tangará, Wagner Ramos citou a edição mais recente do Mapa da Violência, sobre Homicídios de Mulheres no Brasil (Agosto/2012). Ele também alertou para a dimensão geográfica do médio norte e da importância de Tangará da Serra, nesse contexto, como cidade-polo.

“O cenário é grave. Além da violência, há a repetição do crime. O estudo mostra que a reincidência nas violências contra a mulher é extremamente elevada, principalmente a partir dos 30 anos de idade das vítimas. Mais sério do que isso: nossa região possui quase 500 mil habitantes, segundo o IBGE-2014. Desse total, Tangará tem próximo dos 100 mil habitantes”, disse o republicano.

Segundo o documento, mais de 92 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, entre 1980 e 2010. Apenas na última década desse período, foram 43 mil e 700 vítimas, um aumento de 230%.

No quadro geral, entre os 26 Estados e o Distrito Federal, Mato Grosso é o 11º colocado com taxa de 5,4 de homicídios em 100 mil mulheres. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

Nesse sistema foram registrados no país 107.572 atendimentos relativos a violências doméstica, sexual e/ou outros tipos. De acordo com o estudo, praticamente duas em cada três vítimas, nessa área, eram mulheres. Os índices mais altos de violência física são contra mulheres acima de 20 anos, provocada pelo companheiro e em residência.

Mais Informações:

Assessoria de Gabinete do deputado Wagner Ramos

(65) 3313-6723