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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Terça-feira, 18 de outubro de 2016 19h00


CONTAS X REALIDADE

Audiência revelou demandas reprimidas na saúde pública de MT

Participantes foram unânimes em defender o enfrentamento para a promoção de políticas efetivas

MARIA NASCIMENTO TEZOLIN / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO



Audiência Pública da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social (Foto: Marcos Lopes/ALMT)

“Criar alternativas e saídas para o enfrentamento das questões graves da saúde, como falta de recursos, centralização dos serviços e demanda reprimida. É esta a intenção da administração pública revelada na tarde de hoje (18.10), durante audiência em que o secretário de Estado de Saúde, João Batista da Silva, apresentou o relatório do exercício referente ao 2º  quadrimestre de 2016.  “Temos um enfrentamento a fazer. Os números expostos pelo secretário chamam a atenção para a necessidade urgente de enfrentamento”, disse o deputado Dr. Leonardo, presidente da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa.

Os números referentes a 2016 mostram que a estimativa financeira de R$ 1,4 bilhões para o setor, no início do ano, subiu para R$ 2 bilhões neste segundo quadrimestre.  Este recurso é formado pela fonte do próprio Estado: 80%, e 20% do governo federal. Mas os números não fecham. Há um déficit de R$ cerca de 400 milhões.  Para 2017 a estimativa é de R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 300 milhões do governo federal e R$ 1,3 milhão de recursos do governo estadual.  Só para atender os atuais hospitais, em 2017, o Estado precisará de cerca de 700 milhões, ou seja, não há perspectiva de investimentos.

O secretário admitiu que o momento é difícil e alegou que Mato Grosso herdou dívidas de gestões passadas. Entretanto, Silva assegurou que o atual governo fará o enfrentamento necessário à ampliação e melhoria do setor. “Os números não estão fechando; precisamos de R$ 370 milhões até o final do ano e nem mesmo os recursos do Fex (R$ 400 milhões de auxílio às exportações, assegurados para Mato Grosso até o final de 2016)  serão a tábua de salvação. Precisamos urgente de mais R$ 130 milhões para a saúde, precisamos fazer uma força-tarefa para dar resposta à população. Vamos lutar de cabeça erguida”, assegurou  João Batista.  

O deputado Dr. Leonardo reafirmou que é a hora do chamamento para uma ação conjunta e efetiva no sentido de garantir um  entendimento sobre a desinação das sobras de recursos para saúde pública. Essa tese também foi defendida pelo representante do Sisma (Sindicato dos Servidores Púbicos da Saúde e Meio Ambiente) Oscarlino Alves que pediu justiça e união entre os poderes. “Não pode sobrar dinheiro entre os poderes e faltar na saúde. Queremos justiça”, ratificou ele.   

Já José Domingos Fraga chamou a atenção para a necessidade urgente de refrear a demanda reprimida em serviços de saúde. Os números também mostraram que há uma espera de mais de 18 mil pacientes na área de oftalmologia, sendo 800 de cirurgias urgentes. Na cardiologia a mesma coisa, 19 mil aguardam atendimento, sendo 770 para cirurgias emergenciais. “O governo não consegue promover saúde pública devido à demanda reprimida de atendimentos, cirurgias e judicialização de atos. Temos um déficit de cerca de R$ 300 milhões agora e que pode chegar a R$ 500 milhões em 2017. Há uma insatisfação da parte médica e da população, disse José Domingos.

     


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