Comemoração dos 123 anos da Banda de Música da Polícia Militar (Foto: Maurício Barbant/ALMT)

Na noite da última quinta-feira, a Banda da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso fez uma apresentação memorável no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros, em comemoração ao próprio aniversário. Afinadíssimos, os músicos protagonizaram momentos que remetem à lembrança das célebres “big bands” – quem se lembra do filme “Música e Lágrimas” (The Glenn Miller Story / EUA-1953) entende perfeitamente a referência.

O espetáculo contou com a presença do comandante-geral da PMMT, coronel Zaqueu Barbosa e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Maluf (PSDB). Na ocasião, músicos que contribuíram na história recente do Corpo Musical receberam homenagens.

HISTÓRIA - Em 19 de outubro de 1892, quando foi criada pelo então presidente de Mato Grosso, Manoel Murtinho, a Banda da Polícia Militar contava com apenas 16 músicos e seu trabalho era levar um pouco de entretenimento às praças aquarteladas – com o tempo, passou a fazer apresentações em manifestações culturais, cívicas e religiosas, integrando-se definitivamente à comunidade mato-grossense. Em 2007, por lei complementar aprovada pela Assembleia Legislativa, ganhou maior independência na corporação. Em sua estrutura atual, o Corpo Musical da Polícia Militar conta com 64 integrantes e tem, além da formação tradicional (Banda Militar), a Orquestra Popular Homens do Mato e o Núcleo de Choro.

Comemoração dos 123 anos da Banda de Música da Polícia Militar (Foto: Maurício Barbant/ALMT)

FORMAÇÃO – O Concerto de Aniversário levou ao palco do Teatro Zulmira Canavarros os integrantes do Corpo Musical da Polícia Militar, além de convidados especiais. A apresentação foi regida pelos 1º Ten. PM Neto e Lacerda e pelo Sub-Ten. PM Juraney. Na flauta transversal, o Sd. PM Helder; os clarinetistas Sub Ten. PM Araújo e os 2º Sgt. PM Elieber, Loitero, Andrew, Marmoré e Nercione; ao saxofone, os Sub Ten. PM Santos, Ramires e Bibiano, 1º Sgt. PM Raimundo, 3º Sgt. PM Monforte e Juracy, além dos soldados Crispim, Ozéias, Fragoso Lima, Fernando e Renan; os trompetistas 2º Sgt. PM Ueslei, Arruda, Pedro Paulo e Rodrigues, e os soldados Jeyvaldo, Cerqueira, Bonini e Inácio; nos trombones, o Sub Ten. PM Marcelo, o 1º Sgt. PM Albenício e os soldados Sidione, Henrique e Teruya; nas tubas, o Sub Ten. PM Jadielson, o 2º SGT. PM Olione, o 3º SGT. PM Weslwy Barbosa e o soldado Moura; os percussionistas 2º SGT. PM Dias, 3º SGT. PM Mariano, soldados Gleiverson e Everson; nas cordas, o 2º SGT. PM Claudiney (cavaquinho) e os 3º SGT. PM Lima (contrabaixo elétrico), França (guitarra) e Alex Melo (violão sete cordas). Na condição de instrumentistas convidados, também tomaram parte no Concerto de Aniversário o tecladista Robsonelly Anjos, o guitarrista Marcos Assunção e o soldado PM Cerqueira – que não integra o Corpo Musical, embora excepcional trompetista.

REPERTÓRIO – O tema de abertura escolhido foi “One More Once”, sucesso do pianista dominicano Michel Camilo. Na sequência, a Orquestra Popular Homens do Mato interpretou “O bêbado e o equilibrista” (João Bosco), “Strings Of Pearls” (Jarry Gray) e “Mercy mercy mercy” (Buddy Rich).

Em seguida, foi a vez do Núcleo de Choro, que tocou o clássico “Carinhoso”, do saudoso mestre Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha (1897-1973), e “Na Glória” (Raul de Barros e Ary dos Santos).

Finalmente, a Banda Musical executou “Abertura Proposta”, do “rei” Roberto Carlos, uma breve coletânea (medley) do alagoano Djavan, a clássica “Trem do Pantanal”, do violeiro Almir Sater, e Whisky a Go Go, da dupla de compositores Michel Sulivan e Paulo Massadas.

Comemoração dos 123 anos da Banda de Música da Polícia Militar (Foto: Maurício Barbant/ALMT)

No encerramento do espetáculo, sob a regência do maestro Leandro Carvalho – titular da batuta na Orquestra do Estado de Mato Grosso e atual secretário de Cultura -, a banda prestígiou a música regional com o acompanhamento do trio Henrique, Claudinho e Pescuma, com a apresentação de uma breve seleção de rasqueados – “A Lua” (folclore cuiabano), “Pixé” (Pescuma e Moisés Martins) e “É bem Mato Grosso” (Pescuma e Ulisses Seroritine). O público aplaudiu em pé. Bravo!