O rei Leão (Foto: Colegio Fato)

Na noite desta sexta-feira (13), às 19h, a trupe da Companhia Porrada de Teatro leva ao palco no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros um musical montado especialmente para as crianças. Sob a direção de Maurício Ricardo, e com elenco composto essencialmente por jovens atores, o grupo apresentará uma criativa adaptação de “O Rei Leão”, clássico dos estúdios Walt Disney.

“Não temos a pretensão de ser fiéis ao desenho animado, nem à montagem da Broadway. Fizemos o nosso espetáculo e vamos agradar a plateia”, garante Maurício Ricardo, que além de adaptar o roteiro original da animação e dirigir o musical, também criou os cenários – confeccionados por Ló Ferreira - e adereços. Os figurinos foram criados por Eduardo Solano e confeccionados por Dona Domingas Taques. A maquiagem ficou por conta de Karla Marinho e a coreografia é de Luciano Oliveira. Karina Figueredo faz a iluminação do espetáculo.

São 14 atores em cena – doze deles adolescentes, na faixa etária entre 13 e 16 anos, alunos do Colégio Fato, onde o diretor leciona Literatura e Teatro. O ator Léo Sampaio foi convidado a interpretar a hiena Banzai e o Leão Mufasa será feito por Fernando D’Ávila, professor de Língua Portuguesa na escola que produz o musical.

A ideia da montagem brotou nas oficinas ministradas por Maurício Ricardo desde o início do ano, na instituição de ensino. “Aí apareceram os talentos, gente que canta muito bem, que dança muito bem. Então pensamos em fazer um musical, alguém sugeriu ‘O Rei Leão’ e está aí o espetáculo”, conta o diretor.

Foram seis meses de ensaios diários – fora as tardes das quartas-feiras, quando o grupo ficou sob os cuidados do coreógrafo Luciano Oliveira. “A dedicação desses meninos e meninas é que dá brilho ao trabalho. É um orgulho para gente colocá-los em cena”, emociona-se Maurício Ricardo. “Eles nunca vão esquecer”. No dia seguinte, o grupo apresentará o espetáculo em Primavera do Leste, às 15h, no “IX Festival de Teatro Velha Joana”.

A COMPANHIA – A história da Companhia Porrada de Teatro confunde-se com a do próprio diretor. Ele conheceu os palcos pelas mãos do dramaturgo Gilberto Nasser, no Grupo Ãnima, na antiga Escola Técnica Federal, hoje Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT). Lá, também estudou canto e coral, sob os cuidados do maestro Gilberto Mendes. “Toda minha formação vem dali”, agradece Maurício Ricardo.

Depois, saiu do Ãnima e começou carreira solo. Convidado pelo Sesc Arsenal para montar “Desutilidade Poética” – acompanhado pelo violonista Everton Almeida -, foi apresentado ao texto imortal do célebre pantaneiro Manoel de Barros, nascido em 1916 e falecido aos 13 de novembro do ano passado. Amanhã, dia que marca exatamente um ano da passagem do poeta que tanto influenciou o diretor, a Companhia Porrada de Teatro sobe ao palco. “E o nome ‘Porrada’ não tem nada a ver com violência, é referência ao mestre Manoel de Barros que ensinava a ‘dar porrada’ na palavra para extrair o melhor”, explica Maurício Ricardo.

Assim, com o sucesso de “Desutilidade Poética”, nascia a companhia teatral. Na época, há cerca de quinze anos, juntaram-se a Maurício Ricardo e Everton Almeida, os percussionistas Raul Fortes e Liza Paro, além de Marília Cortês à flauta transversa. “Ficamos três anos na estrada, depois o grupo se dissolveu e ficamos só eu e o Raul. Então o Raul também seguiu a vida dele e veio a percussionista Carola Nunes, que está comigo até hoje”, resume o diretor. Além dos dois, a trupe atualmente reúne Karina Figueredo e Léo Sampaio.

SERVIÇO

O QUE: Musical “O Rei Leão”, com a Companhia Porrada de Teatro

ONDE: Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros

QUANDO: Nesta sexta-feira (13), às 19h

QUANTO: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

INGRESSOS: Antecipados no Colégio Fato ou à entrada do espetáculo, na bilheteria do Teatro