Lançamento do livro "Liu Arruda: a travessia de um bufão" (Foto: JLSiqueira/ALMT)

Uma noite memorável. Sorte de quem foi conferir a chegada do livro de Ivan Belém, “Liu Arruda: a travessia de um bufão” (Carlini & Caniato Editorial). Contemplado pelo edital Prêmio Literatura MT, edição 2015, a obra teve seu lançamento oficial no foyer do Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros, na noite de segunda-feira (11).    

Alegria e emoção marcavam os semblantes dos presentes. Estavam no teatro algumas dezenas de jornalistas, artistas, ativistas culturais, enfim; gente que compõe a categoria normalmente rotulada como “formadores de opinião”. Além, é claro, dos familiares de Ivan Belém - o autor, e seus muitos amigos.

Lançamento do livro "Liu Arruda: a travessia de um bufão" (Foto: JLSiqueira/ALMT)

O deputado Emanuel Pinheiro prestigiou o lançamento do livro e valorizou a história do ícone da cultura cuiabana e mato-grossense, Liu Arruda (1957-1999). Um ator que teve uma brilhante trajetória nos palcos, nas ruas e praças da Capital de Mato Grosso, explorando o jeito de ser e o linguajar cuiabano, assim como, destilando suas críticas sociais e políticas.

Lançamento do livro "Liu Arruda: a travessia de um bufão" (Foto: JLSiqueira/ALMT)

O livro resulta da tese de doutorado de Ivan Belém, que é historiador e ator. Belém trabalhou com Liu vários anos em dupla, e mais um punhado na trupe que formava o Grupo Gambiarra, integrado por atores precursores do teatro de rua em Cuiabá. 

O Gambiarra teve curta duração. Dois ou três anos, em meados da década de 80. Voltou a se reunir, diante da excepcionalidade da ocasião: o registro por escrito, e passado a limpo - em uma produção acadêmica, da passagem de Liu Arruda por esta terra. Coisa que, até então, só era encontrada na oralidade ou em esporádicos registros da imprensa.

As atrizes Meire Pedroso e Maria Teresa Pra, ausentes de Cuiabá há muitos anos, voltaram à cidade para se reencontrar, em cena, com outros ex-integrantes do Gambiarra: Claudete Jaudy, Vital Siqueira e Wagton Douglas. O quinteto reviveu, numa rápida performance, ao som do violão de Raoni Ricci, um pouquinho das estripulias que o Gambiarra aprontava há mais de 30 anos.     

E a noite terminou com um gostinho de saudades. E de quero mais. Bem vindo “Liu Arruda: a travessia de um bufão”. Bravo, Ivan Belém!