Foto: FABLICIO RODRIGUES / ALMT

Transformar-se pela busca sincera pelo bem, pelo belo e pelo justo. Esta é a proposta da filosofia. E nada melhor para sensibilizar e despertar as reflexões em prol dessa busca do que a arte. Associando teatro, poesia, dança e música, o Dia da Arte, promovido pela Escola de Filosofia Nova Acrópole Cuiabá, no último sábado (23), trouxe mais de 400 pessoas ao Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros.

Após a abertura com o grupo vocal Mesa Pra 6, que executou à capela músicas regionais, começou o espetáculo ‘Retalhos: bordando histórias’. Com obras de Cora Coralina, Milton Nascimento, Fernando Pessoa, Oswaldo Montenegro e tantos outros, o grupo de teatro da Nova Acrópole Cuiabá foi costurando as reflexões sobre a vida, tal qual uma colcha de retalhos.

“A Arte transpassa as barreiras do tempo e do espaço, conecta as pessoas a todos os seres da existência e nos faz perceber que podemos ser melhores, se nos dedicarmos a aprender com cada experiência da vida. A Filosofia é a nossa linha de costura, o fio condutor que une as partes e compõe um todo harmônico e belo”, compunha o texto de abertura do sensível espetáculo teatral.

Dentre as reflexões, a escola de filosofia convidou para que o “ser humano desperte a voar”, que transforme cada vivência em “pedacinhos coloridos costurados na alma” e, “às vezes, abandonar as velhas formas, para que o novo nasça em seu lugar”.

O Dia da Arte arrecadou mais de 700 quilos de alimentos não perecíveis, que serão entregues a entidades filantrópicas cadastradas pela Sala da Mulher, braço social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

“O espetáculo foi muito lindo, muito sensível. A arte é sempre libertadora e uma excelente forma de nos fazer refletir. É uma alegria ver nosso Teatro Zulmira ocupado com espetáculo de tamanha qualidade, com plateia numerosa e excelente arrecadação de donativos”, comenta a diretora da Sala da Mulher e do Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros, Daniella Paula Oliveira.