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Quinta-feira, 1 de dezembro de 2016 15h16


ARTE

Orquestra Ciranda Mundo faz concerto emocionante no Zulmira

Com composições de Wieniawsk, Carlos Gomes, Schubert, Tchaikovsky e o bis de Leonard Bernstein, violinista Lindi Elis Mariane foi destaque na apresentação

LORENZO FALCÃO / ASSESSORIA DO TEATRO ZULMIRA CANAVARROS



Orquestra Ciranda Mundo se apresenta no Zulmira Canavarros (Foto: JLSiqueira/ALMT)

Um dos momentos mais emocionantes do ano de 2016 no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros foi vivenciado na noite desta quarta-feira (30) com o concerto da Orquestra Sinfônica Ciranda Mundo. No espetáculo, a violinista Lindi Elis Mariane solou duas composições de Henryk Wieniawski, compositor polonês, virtuose do violino.

O programa executado pela Ciranda Mundo neste penúltimo concerto do ano (há apenas mais um, com Ivan Lins, no próximo dia 17), com um repertório exclusivamente sinfônico, já conferia  mais erudição e sobriedade ao evento. Composições de Carlos Gomes, Schubert e Tchaikovsky, além de Wieniawski, fechavam o programa. Ah, e teve o merecido bis, onde a orquestra interpretou clássico de Leonard Bernstein, "Maria", uma composição que pode ser considerada popular, porém com uma roupagem erudita.

O que viria à noite, com o concerto, parecia já ter se enunciado ao longo dos ensaios, durante o dia. Quando a Ciranda Mundo se apresenta no Zulmira, nos períodos matutino e vespertino, que antecedem a hora do concerto, as sonoridades da orquestra percorrem todos os espaços do teatro e fica no ar aquela certeza de que algo bonito está prestes a acontecer.

Uma plateia de 300 pessoas, talvez 350 ou um pouquinho mais, sequer chega a ocupar 50% da lotação do teatro. Mas isso não tem tanta importância, porque se trata de um público qualificado, formado, em boa parte, por familiares dos jovens alunos do Instituto Ciranda, que ali estão para apoiar e vibrar pelo talento do filho, do sobrinho, irmão etc. 

Esses jovens músicos que estão no palco são carentes. Não carentes financeiramente, apesar de serem de origens mais humildes. São carentes, justamente, desse apoio, que lhes é fornecido pelos familiares e pessoas próximas. São carentes da oportunidade que também está sendo oferecida a eles de vivenciar uma experiência artística, subindo no palco de um teatro, criar expectativas, vislumbrar dificuldades, ensaiar duro, com disciplina e afinco, para, na hora H, superar tudo e fazer bonito. Quem sabe, em busca de uma interjeição... "Bravo!!!".

E o concerto, que foi tão bonito quanto vibrante, ainda arrecadou cerca de 400 quilos de alimentos não perecíveis, que serão distribuídos pela Sala da Mulher a instituições carentes. Parece... parece, não: deu tudo certo. E está quase fechando o segundo ano de parceria entre o Instituto Ciranda e a Assembleia Legislativa. 

Uma ação bilateral que tem produzido resultados positivos. Repercute de forma satisfatória para o Poder Legislativo e para o Ciranda. Mas, quem ganha mesmo, é o público cuiabano e mato-grossense, com a chance de vivenciar programas de alta qualidade artística.

Orquestra Ciranda Mundo se apresenta no Zulmira Canavarros (Foto: JLSiqueira/ALMT)

A solista

Lindi Elis Mariane é cria do Instituto Ciranda. Quem a vê tocando o seu violino, peças como as do concerto, que envolvem extrema habilidade e/ou muito sentimento, não consegue imaginar que a moça tem apenas 20 anos. Explique-se: ela começou bem cedo.

Com oito anos, já no Ciranda, passou por um processo de musicalização com flauta doce, mas não demorou muito nesse instrumento. "Ela veio parar comigo com 11 anos e já me impressionou na primeira vez que a vi tocar. Convidei-a para estudar na minha classe", diz Fernando Pereira, professor de violino do Ciranda. Ele valoriza o entendimento que Lindi desenvolveu, com o seu apoio, de o que significa a carreira de um musicista de ponta.

Fernando também destaca a dedicação da aluna, em níveis das habilidades práticas, assim como do embasamento teórico. "Ela vem seguindo aquilo que chamamos de tradição soviética, praticando muito e também lendo", frisa. 

Lindi, atualmente, faz o curso de licenciatura em Música na UFMT, mas o rumo das coisas indica que ela vai se encaixar na continuidade de sua formação acadêmica em alguma universidade europeia ou estadunidense. Ela, aliás, já tem um mecenas bancando sucessivas viagens de estudos à Europa.

Outra professora do Ciranda, Jessica Gubert, que acompanha a carreira de Lindi desde o início, parece pensar da mesma forma que o assessor de imprensa do Teatro Zulmira: "Acho que a Lindi está pronta pra decolar". Não... não sei. É provável que eu e Jéssica estejamos errados: "Lindi já decolou".


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