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Terça-feira, 23 de maio de 2023 18h47


EFEMÉRIDES

Araputanga comemora 60º aniversário

Migração japonesa no pós-guerra teve influência decisiva no processo de ocupação do lugar, inicialmente batizado Ituinópolis, depois Gleba Paixão

HAROLDO ASSUNÇÃO / Instituto Memória do Poder Legislativo



Foto: Ronaldo Mazza

Dentre tantos municípios filhos da Grande Cáceres, Araputanga tem sua história ligada diretamente ao então governador Fernando Correa da Costa, quando no ano 1953, século passado, mandou o sobrinho Nelson da Costa Marques, engenheiro agrimensor, medir as terras devolutas da região situada entre os rios Jauru e Cabaçal, oeste mato-grossense.

No vale do rio das Pitas, Costa Marques encontrou paisagem de mata exuberante às margens. Em pagamento pelos serviços prestados ao Governo de Mato Grosso, requereu grande extensão de terras naquela região.

Obrigatório já neste ponto abrir parêntesis para contextualização, sob a luz da geógrafa Vanusa Irene Xavier Santos – que norteou o presente artigo – na abalizada pesquisa apresentada em 2017 ao programa de pós-graduação da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), sob o título “Formação Territorial do Município de Araputanga e suas Mudanças Socioespaciais” – disponível na página daquela instituição, no link (http://portal.unemat.br/media/files/ppggeo2015-4-vanusa.pdf).

Embora o processo de ocupação de toda aquela região remonte ainda aos tempos da Colônia, séculos antes, é na década de 1950, século passado, que o povoamento começa efetivamente a tomar forma ‘ordenada’ – na esteira da “Marcha para Oeste”, concebida por |Getúlio Vargas.

Posteriormente, a formação do município ganhou impulso na década seguinte, sob o governo militar, a pretexto da reforma agrária. Naquele tempo foram criados o Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (Ibra) e o Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário (Inda). A dissolução destes deu origem ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A reforma agrária não chegou no povoado, mas a propaganda atraiu migrantes de diversas partes do Brasil, em especial dos estados de Goiás e Minas Gerais. Dentro desse contexto de “reforma agrária”, a povoação foi emancipada em 1979 por força da Lei Estadual nº 4.153, publicada aos 14 de dezembro daquele ano.

Antes, no final do ano de 1977, o hoje município de Araputanga tornara-se distrito de Mirassol D’Oeste. Após a emancipação, em 1979, Romeu Furlan foi nomeado primeiro prefeito pelo então governador de Mato Grosso, Frederico Carlos Soares Campos.

ITAINÓPOLIS

Fechado o parêntesis, tornemos à evolução histórica.

Nos primeiros anos da década de 1950, século passado, o Brasil foi destino migratório significativo originado no Japão pós 2ª Guerra Mundial, de início aqui radicados os japoneses principalmente nos estados de São Paulo e Paraná. O governo daquele país subsidiava, em parte, a vinda deles.

Também vieram muitos coreanos, em fuga da guerra naquele país.

Nessas levas de migrantes asiáticos, vieram as famílias de  Fumio Itai, Naomassa Uemura e, mais tarde,  a de Shigeyochi Sato.

Fumiu Itai nasceu na província de Oitá, Japão, - chegou no Brasil aos dezoito anos de idade, atraído pelas propagandas transmitidas no “Império do Sol Nascente” sobre o país – se dizia lá que, cá, “dinheiro dava em árvores”.

Itai estudou topografia, era de profissão agrimensor.

No ano 1954, século passado, quando Fumiu Itai já trabalhava em Mato Grosso, fazendo levantamentos topográficos ao longo dos rios Cuiabá, Paraguai, Cabaçal, dos Bugres e Jauru, aceitou o desafio de fazer o serviço que encomendara Correa da Costa ao sobrinho Nelson da Costa Marques, o qual confiou ao japonês a execução da empreitada.

Itui e seu cunhado, Naomassa Uemura, receberam a proposta de abrir essas terras e construir uma estrada paralela ao ribeirão das Pitas. Por onde passavam davam nomes aos córregos. As tarefas eram executadas com machados, foices, enxadões e enxadas. Iniciaram os trabalhos pela Tabuleta, chegando até o território da futura Araputanga.

Em 1958 Fumiu Itai consegue adquirir 20 alqueires de terra. Com a concretização parcial das medições, inicia a segunda parte do serviço: atrair pessoas para o futuro povoado.

Naomassa, que trabalhara antes em cafezais, passou também a afirmar que o ‘dinheiro dava nas árvores’ - nas do café. Uemura também era japonês, veio para o Brasil em 1934, instalou-se no estado de São Paulo, trabalhando nos cafezais paulistas.

Em 1953 resolveu trabalhar como agrimensor, com seu cunhado e já naqueles anos inicia, junto com Fumiu Itui, o levantamento topográfico das terras contíguas ao ribeirão das Pitas.

Iniciada a povoação, os pioneiros fundaram Ituinópolis - homenagem a Itui.

Naquela época, a administração japonesa comprava terras no Brasil para formar as colônias de imigrantes - Uemura ofereceu áreas na região, mas por tratar-se de terra fronteiriça à vizinha Bolívia, o governo do Japão recusou.

Uemura então passou a comercializar as terras da região no Paraná - Umuarama e Londrina - e noroeste paulista. Por meio de anúncios em jornais, conseguiu vender 250 lotes no entorno do ribeirão das Pitas, todos com área superior a 200 hectares, principalmente para os asiáticos – inclusive coreanos – e também, em menor proporção, a agricultores brasileiros.

Devido às inúmeras dificuldades encontradas de início pelos pioneiros, principalmente o precário atendimento à saúde, muitas das cerca de quarenta famílias de asiáticos que haviam chegado à região por aqueles anos não demoraram a precocemente deixar o lugar. Outros viriam, porém.

No início dos anos 1960, século passado, Shigeyochi Sato – o “João Sato” - comprou área de aproximadamente dois mil hectares, montou uma serraria e loteou o restante para formar a cidade.

FAZENDA SANTANA

Em que pese haja quem queira reescrever a História de Mato Grosso e atribuir apenas ao sobrinho do governador a condição de pioneirismo, talvez com fim condenável de apagar na memória da cidade a referência às raízes da colonização asiática original, obrigatório lembrar: não apenas o primeiro nome que teve a povoação – Ituinópolis, referência a Fumiu Itui – mas também a data comemorativa, 23 de maio, tem ligação direta com os migrantes do Extremo Oriente.

Nelson da Costa Marques – que havia requerido extensas áreas ao tio governador - tinha interesse de povoar a região, porque continuava com a maior parte das terras e queria que o local se desenvolvesse economicamente, de forma a valorizar sua propriedade, a Fazenda Santana.

Costa Marques nunca chegou a morar lá, mas para fomentar a povoação doou 40 alqueires de terras com o fim de iniciar a fundação da cidade. Ele próprio reconheceria, anos depois, que o governo estadual sob o comando do tio pouco fizera para desenvolver a região.

As pessoas que possuíam terras no povoado eram responsáveis pela construção das vias de acesso: iniciavam fazendo picadas no meio da mata, no lombo de burros e cavalos, também em carro-de-boi; os caminhos rasgados na mata aos poucos viravam estradas para transporte de toras, carregadas sobre carrocerias de caminhões.

Apesar de grande latifundiário, Nelson da Costa Marques – o próprio reconheceria anos depois - não participou de nenhum projeto de colonização.

GLEBA PAIXÃO

Shigeyochi Sato chegou ao lugar em 1962 para montar pequena beneficiadora de madeira, a Serraria Pita. Sato foi o maior responsável pela abertura da avenida 23 de Maio, principal via de acesso na atualidade, obra executada com o auxílio da população local, em maio de 1963.

Embora tenham utilizando as máquinas da Serraria Pita, a maior parte do serviço foi feito manualmente - as pessoas derrubavam árvores e arrancavam tocos com as próprias mãos, com uso machados, foices e outras ferramentas.

Aberta a primeira via de acesso, era preciso dar continuidade ao desenvolvimento da povoação. Então, Sato iniciou a comercialização de terrenos, a fim de alavancar a formação da futura urbe.

Vendeu o primeiro lote urbano no dia 23 de maio de 1963 e deu novo nome ao lugar: Gleba Paixão, quem conhecia o lugar se apaixonava, dizia.

Foi substituída a denominação original, Ituinópolis – hoje quase esquecida.

Neste 23 de maio de 2023, a urbe já é sessentona – celebra exatas seis décadas desde o distante ano de 1963, século passado, quando tudo começou.

MADEIRA

Nos idos da década de 1950, século passado, os primeiros colonos japoneses, a par de incipiente cultura agrícola, praticaram em pequena escala o extrativismo da poia – que vicejava ainda abundante na região e antes, no século 19, muito fomentara a economia mato-grossense.

Entretanto, foi a exploração da madeira, especialmente a partir da década seguinte, que impulsionou com força o desenvolvimento; a região abrigava enorme variedade de espécies vegetais, sendo mais explorado o mogno.

Remonta ao ciclo da madeira o nome da cidade: Araputanga é palavra de origem no dialeto indígena ‘kwazá’ – em idos ancestrais falado por inúmeras etnias na região fronteiriça, daqui ao hoje Estado de Rondônia -, que significa mogno, espécie lá abundante nos primórdios.

Inicialmente a madeira era comercializada na cidade de Cáceres, pois não existia serraria comercial no município, antes da chegada de Shigeyochi Sato.

Os madeireiros faziam seleção das árvores – após a derrubada; o que não era de interesse comercial, deixavam para trás, para proveito da população local no feitio de móveis e construção de habitações.

A Serraria Pita não tinha suporte para atender toda a demanda, razão pela qual os madeireiros recorriam a outras serrarias da região. A maior parte do lucro ia para os empresários residentes em outras cidades - ou seja, a população local não herdou grandes benefícios desse ciclo econômico.

O trabalho utilizado no desmatamento era braçal - dada a ausência de máquinas -, e mal remunerado. Eram comuns acidentes de trabalho, na derrubada de árvores assim como na carga e descarga dos caminhões que transportavam as toras, fatalidades aconteciam com frequência.

Já no ano de 1973, o povoado contava com duas serrarias de disco, onde serravam a madeira mais fina, utilizando duas pessoas para o trabalho; havia ainda três serrarias “pica pau”, onde também apenas dois trabalhadores serravam toras de diâmetro inferior a um metro. Existiam também duas serrarias de fita, que beneficiavam toras de qualquer espessura e empregavam, cada uma, pelo menos seis funcionários.

Durante anos o desmatamento não trouxe preocupação aos pioneiros, a cobertura vegetal foi suprimida de forma irracional, sem nenhuma preocupação com a preservação da floresta nativa; mesmo após a urbanização, quando a população da cidade passou a ser superior à rural, a devastação persistiu, sem controle ou planejamento qualquer.

AGRICULTURA

A exploração sem planejamento – irracional, desenfreada – conduziu a atividade madeireira a rápido declínio. Devido à diminuição das madeiras nobres na região, foi introduzido na década de 1970, século passado, cultivo de vários produtos agrícolas não apenas para subsistência, mas com objetivo de atender o comércio.

Inicialmente produziam para a própria alimentação: arroz, feijão, mandioca, banana, amendoim, entre outras culturas. Conforme o desmatamento aumentava, também elevava as áreas agricultadas. O processo para a prática econômica era rudimentar, devido à falta de implementos agrícolas.

A policultura predominava, vendia-se os excedentes dessa produção para comprar o que não era tirado da terra, compravam produtos da Tabuleta, Porto Esperidião e Cáceres, nesta última vendiam a produção das roças locais.

Um dos maiores obstáculos era a falta de infraestrutura.

Grandes eram as dificuldades para transportar a produção, péssimas estradas.

A pecuária era ainda incipiente naqueles idos; alguns moradores se arriscavam a criar gado leiteiro para subsistência, em contrapartida a criação de suínos era praticada em maior escala já naquele período.

Devido às grandes oscilações no valor econômico dos produtos agrícolas e às dificuldades para comercializar a produção, os agricultores locais intensificaram a prática da pecuária bovina - leiteira e de corte -, que aos poucos foi crescendo e substituiu a agricultura em grande parte.

Para efetivar essa atividade econômica, houve a criação da Cooperativa Agropecuária do Oeste-MT Ltda, que tinha como papel principal industrializar o leite e comercializar produtos lácteos.

Mas a pecuária bovina não prosperou ainda à época, porque no final da década de 1980, século passado, foi descoberto ouro na vizinha Rio Branco.

MINERAÇÃO

Já na década de 1980, século passado, parte da população local sobrevivia de lavoura agrícola e da pecuária bovina leiteira, mas a maior renda vinha da Mina Cabaçal e Mineração Manati - apesar dos nomes, era uma só empresa, responsável pela exploração do ouro na região. Existiam outras mineradoras como a Seta e a Odorblex, que trabalhavam particularmente na prospecção de novas lavras.

A pesquisa do solo em busca de minerais aconteceu antes da instalação da Mina Cabaçal e Mineração Manati. A exploração aurífera em Rio Branco antes se iniciara com a Empresa Doce Mel, subsidiária da Companhia Vale do Rio Doce, que em meados da década anterior constatara existência de minérios.

Já nos idos de 1980, a inglesa British Petroleum instalou-se no Brasil com objetivo de explorar os minérios existentes, para isso contrataram técnicos que já tinham pesquisa de mapeamentos geológicos. Para que a empresa britânica iniciasse a exploração mineral, foi necessária associação ao capital nacional, por isso uniu-se a dois grupos: Roberto Marinho e Monteiro Aranha, daí originada a Mineração Santa Martha.

Jazidas foram encontradas na região, foi o ouro mais abundante e explorado, mas havia também prata e cobre - metais retirados em menor monta.

Também foram prospectadas reservas de chumbo, zinco e bismuto.

A mineração empregava mais de mil funcionários, mão de obra local e de municípios vizinhos - Rio Branco, São José dos Quatro Marcos e Mirassol D’Oeste.

Por aquela época, a região recebeu muitos trabalhadores do Nordeste; já os encarregados geralmente vinham de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A cidade não tinha infraestrutura para receber novas famílias, então a Mineração Manati contribuiu construindo casas, escola, asfaltou ruas e incentivou o lazer, por meio de ampla reforma no Clube Olímpico.

Foram retiradas no período pelo menos dez toneladas de ouro.

Por força de dívida com o governo do Kuwait - decorrente dos ‘royalties’ relativos ao petróleo explorado naquele país do Oriente Médio -, a British Petroleum vendeu sua parte na Mineradora Santa Martha  para a empresa Rio Tinto Zinco (RTZ).

Contudo, não seria exatamente amigável a relação da nova sócia com os grupos Roberto Marinho e Monteiro Aranha; além disso, com a queda da produção na Mina Cabaçal e Mineração Manati, devido à paralisação das pesquisas, o inevitável aconteceu: a jazida foi fechada.

Antes disso, altos salários pagos aos funcionários da mineração fizeram o comércio local prosperar; à época eram processadas 40 toneladas de pedra a cada hora, com a obtenção, em média, de sete a oito gramas de ouro.

O cobre e a prata iam para o Porto de Santos e de lá para a Coréia do Sul.

Os minérios foram retirados intensamente do solo e não custaram escassear, ao ponto de limitar drasticamente a produção. Por força de altos custos para exploração e pouco retorno financeiro, a empresa resolveu encerrar as atividades em 1992, século passado.

Enquanto diminuiu a produção mineral, a Cooperativa Agropecuária do Oeste-MT Ltda, ampliava suas relações comerciais. Também pelos fins da década de 1980, século passado, havia sido inaugurada a primeira planta frigorífica – Frigoara -, que igualmente passou a depender da matéria prima fornecida pela pecuária bovina. A ampliação dessas duas indústrias fortaleceu este ciclo econômico, que permanece até os dias atuais.

PECUÁRIA

A região de Cáceres apresenta características bem propícias para esta atividade econômica, sendo das mais importantes de Mato Grosso, principalmente pela diversidade da produção: carne, leite e couro.

No povoado que originou Araputanga, a pecuária passou a ser praticada desde os primórdios – ainda incipiente - fortaleceu-se na década de 1980, século passado, com a implantação da Cooperativa Agropecuária do Oeste - MT e do Frigoara, mas no final dessa mesma década deixou de ser referência econômica devido à descoberta do ouro em Rio Branco.

Com o esgotamento do metal e o fechamento da mineradora, a pecuária retorna fortalecida, tornando-se em principal atividade econômica.

A planta industrial da Cooperativa Lacbom - idealizado pelo padre Celso Ermínio Duca -, iniciou o cooperativismo na região. A produção de leite era entregue na empresa e também comercializada em cidades vizinhas.

O gado de corte, vendido ao Frigorífico Friboi ou para outros, de municípios limítrofes. Reduzida a produção leiteira, em razão do baixo valor pago pelo produto e o custo de manter funcionários, aumentou a criação do gado de corte.

Há nítida divisão quanto a criação deste rebanho no município: os latifundiários praticam mais a pecuária de corte do que leiteira, ao contrário dos pequenos da agricultura familiar. O principal motivo é que o sitiante fornece leite para a Cooperativa Agropecuária do Oeste-MT e tem salário mensal, sua principal fonte de renda -  para o gado de corte o retorno é a longo prazo.

DESAFIOS

A riqueza proporcionada pela madeira, ouro, plantações e rebanhos ainda não reflete na medida em que deveria, nas condições de vida da população.

Por ocasião da celebração do 60º aniversário, neste limiar de primeiro quarto do século 21, Araputanga, seu povo e governantes ainda têm grandes desafios pela frente.

Conforme números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020 o rendimento médio mensal auferido pelos trabalhadores formais no município era de 2,1 salários mínimos e a proporção de pessoas ocupadas em relação à população total, de 19,9%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 98 de 141 e 37 de 141, respectivamente; já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 1571 de 5570 e 1399 de 5570, respectivamente.

Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, o município tinha 35% da população nessas condições, o que o colocava na posição 103 de 141 dentre as cidades do estado e na posição 3571 de 5570 dentre as cidades do Brasil.

Produto Interno Bruto em relação ao número de habitantes (PIB per capta) registrado em 2020 foi pouco superior a R$ 33 mil, situado o município nesse quesito no 1455º lugar entre as cidades brasileiras; em Mato Grosso, ocupa a 83ª posição. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) estimado em 0,725, bem próximo à média nacional (0,754).

O ensino público apresenta números mais favoráveis, mas precisa melhorar.

Em 2021 o Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb) nos anos iniciais do ensino fundamental foi de 5,5 - número que colocou Araputanga na posição 2714 entre 5570 municípios brasileiros e 54 entre os 141 de Mato Grosso; e de 4,9 nos últimos anos – classificada a cidade em 2256º lugar em comparação nacional e 29º entre as cidades mato-grossenses.

Não é muito diferente a saúde pública, que precisa também melhorar.

A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 3,2 para 1.000 nascidos vivos. Comparado com todos os municípios do estado, fica na posição 99 de 141; comparado a cidades do Brasil todo, ocupa a posição 3899 de 5570.

Melhor é o quadro no que tange à infraestrutura urbana.

Araputanga apresenta 11,5% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 59,7% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 22,4% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada - presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio. Quando comparado com os outros municípios do estado, fica na posição 62 de 141, 67 de 141 e 13 de 141, respectivamente. Já quando comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é 4247 de 5570, 3703 de 5570 e 1672 de 5570, respectivamente.

 

 

 


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