Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


16/08/2019 09h48 Áudio

Ficha Técnica: Fruto Proibido - Rita Lee

RITA É ROCK - Os “Doces Bárbaros” cantaram que “uma menina loira ia vir de uma cidade industrial, de bicicleta, de bermuda, mutante, bonita, solta, decidida, cheia de vida, etc e tal, cantando o yê, yê, yê...” Eles falavam de Rita Lee, uma cantora que é a cara do rock brasileiro. Além dessa canção, chamada “Quando”, Rita também é citada em Sampa, de Caetano Veloso, como a mais completa tradução da cidade de São Paulo. Rita é rock, Rita é São Paulo, Rita é a mulher que escreveu seu nome na história do Rock’n Roll brasileiro e que tem servido de inspiração para muitos outros artistas. Por isso falar de Rita Lee não é tarefa fácil. O que mais impressiona nela é, da fato, o seu lado mutante. Durante toda a carreira, ela nunca fugiu dos desafios, mesmo que o desafio fosse gravar um disco com versões de músicas dos Beatles. Alguns poderiam tremer nas bases, mas a Rita não. Se a atuação dela na música já representa um incentivo e uma referência para tantas mulheres, não significa que ela devesse parar por aí. A cantora sempre usou a música para promover reflexão, fazer críticas sociais, homenagear outras mulheres. E fez isso brilhantemente em canções como Luz del fuego e Pagu. Pagu virou um hino, lembrando o ouvinte que “só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão”. Com essa música, Rita reforça a importância da luta feminina por igualdade e reconhecimento de direitos. A história de Rita Lee se confunde com a história do Rock no Brasil. De 1966 a 1972, Rita integrou a banda “Mutantes”, ao lado de Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. Depois de 1972, a banda seguiu sem Rita e, por tabela, sem a mesma representatividade. Os Mutantes foram pioneiros quando se fala em misturar rock a ritmos e estilos brasileiros. Por isso o trabalho da banda foi tão importante. Eles abriram as portas para que bandas como Novos Baianos, da qual já falamos aqui no programa. Mesmo após os Mutantes, Rita Lee manteve-se firme no propósito de viver a música, de dar ao rock uma cara mais brasileira e fez de seu nome um verdadeiro sinônimo para a experiência roqueira no Brasil. Vida longa ao percurso encantador de Rita Lee na música!


16/08/2019 09h43 Áudio

Ficha Técnica: O Último Romântico - Lulu Santos

TUDO PASSA - Recentemente, ao entrar numa padaria, encontrei uma pessoa que há muito tempo não via. Uma mulher que, em outros tempos, fez parte da minha família e com quem convivi bastante durante a infância. Conversamos um pouco e eu senti uma alegria enorme de vê-la ali, com o filho mais novo. Num determinado momento da conversa, ela apontou o menino, que comia um sanduíche, e disse: Tudo passa!, o que repetiu pouco tempo depois. Fazia tempo que eu não me sentia tão comovida com um encontro, a ponto de pensar nele durante alguns dias e até escrever sobre ele, como estou fazendo agora. Aquela mulher, que eu encontrei na padaria, sofreu um golpe muito pesado da vida. Perdeu um filho, e não deve haver dor pior que essa. E perdê-lo, em decorrência de um acidente, fez com que ela precisasse lidar com muitos sentimentos, principalmente a culpa. Eu a conheci naquele momento da vida dela e tinha a sensação de que ela seria, para sempre, a personificação do sofrimento. Mas a vida é boa e nada dura para sempre, inclusive as piores dores. Encontrá-la na padaria, depois de tantos anos, com o filho mais novo, reacendeu em mim o sentimento de esperança. Ao dizer que “Tudo passa”, ela trazia um sorriso no rosto e sensação de leveza. E todas essas sensações chegaram até mim a partir daquelas palavras, daquele abraço e do sorriso aberto. Apesar de todo sofrimento, a vida deu outras chances àquela mulher. Entre outras coisas, a vida deu a ela um outro filho, para amar, cuidar e viver o amor. Ela já não carrega o semblante cansado, arrasado, de quem deseja desistir de tudo. No dia em que encontrei aquela mulher, eu ouvi Como uma onda, do Lulu Santos, e a música fez ainda mais sentido. A gente até sabe que “Tudo passa, tudo sempre passará”, mas algumas situações da vida podem nos fazer esquecer disso. A beleza está, realmente, em aceitar que “tudo muda o tempo todo no mundo” e saber viver com as mudanças. Não há como prever, não há como voltar no tempo, mas “há tanta vida lá fora, aqui dentro, sempre, como uma onda no mar”.


01/08/2019 22h30 Áudio

Ficha Técnica: A Luz do Solo - Geraldo Azevedo

O CHEIRO DELA - Ele ainda se lembrava perfeitamente da primeira vez em que a viu. E não havia com o esquecer, porque assim que ela entrou no restaurante, entrou também um cheiro de frescor, um cheiro de flor de laranjeira. De imediato, ele abordou o amigo que estava ao lado. Está sentindo esse cheiro gostoso? Cheiro de que?, retrucou o amigo. De flor de laranjeira! Não acredito que não está sentindo! Anos depois ele lembraria da cena e teria a certeza de que aquele perfume realmente não era para o amigo. Era um odor exclusivo, algo que foi mandado especialmente para que ele prestasse atenção naquela moça bonita que, como na música do Geraldo Azevedo, cheirava ao botão de laranjeira. A moça sentou se numa mesa um pouco distante e permaneceu sozinha durante todo o tempo. O amigo teve que ir embora, mas ele ficou, porque já havia criado um pl ano para se aproximar daquela jovem. Pediu uma caneta ao garçom e escreveu um trecho da música do Geraldo em um guardanapo, falando sobre o cheiro feminino que o deixou encantado. Quase desistiu de mandar o bilhete a ela, porque julgou se atrevido demais e temeu que ela se sentisse constrangida. Mas sentia no peito que não deveria desperdiçar aquela chance. Quando o garçom entregou a pequena carta a ela, o coração dele batia forte, doido e ele sentiu vontade de sair correndo dali. Vontade que se desfez qu ando ela sorriu, ainda olhando para o papel. Em seguida, a moça levantou a cabeça e os olhos dela encontraram os olhos dele, numa sequência de fatos que não poderia ser mais perfeita. Ali começava uma história, por conta de um perfume que ele sentiu e que ninguém mais sentira. Muitas vezes, ele colocava a música do Geraldo para tocar. Eles tiravam do lugar os móveis do pequeno apartamento e dançavam colados. Na cama, ele sempre sentia aquele cheiro feminino, que era só dela, não havia outro igual. Vivera m aquela história com toda a intensidade que ela merecia, da maneira mais inteira que puderam viver, mas tiveram que seguir separados depois de um tempo, cada um no seu caminho. Ontem, quando ele entrou no mercado público da cidade, um movimento diferente chamou sua atenção. Um grupo distribuía mudas de árvores frutíferas. Ele se aproximou e foi surpreendido por um rapaz que rapidamente colocou uma muda em suas mãos. A muda era de laranjeira e o cheiro não demorou para tomar conta dele. Aceitou a muda, lev ou a para casa e plantou a no quintal. Volta e meia, quando passa perto dela, ele sente a energia nostálgica daquele encontro do passado. Às vezes fecha os olhos e mergulha, inebriado, no perfume da laranjeira. Viaja nas lembranças daquela moça bonita, por quem se apaixonou perdidamente na juventude e dançou colado ao som do Geraldo.


25/07/2019 22h30 Áudio

Ficha Técnica: Da lama ao caos - da Nação Zumbi

Quando Chico Science e a nação zumbi lançaram da lama ao caos , em 1994, não imaginavam a relevância que esse trabalho teria para a música brasileira. O disco consolidou um movimento artístico que ficou conhecido como manguebeat. do ponto de vista musical, a ideia era misturar ritmos regionais, como o maracatu, ao rock, hip hop, música eletrônica e outros estilos. Desse caldeirão, nasceram bandas como a nação zumbi, mundo livre s/a, sheik tosado e mestre ambrósio, que se dedicaram a modernizar o passado a partir da música, como Chico Science declarou no monólogo ao pé do ouvido, faixa de abertura do disco. A relevância do mangue beat vai muito além da diversidade rítmica. o nome do movimento se refere ao mangue, um ecossistema típico da costa do nordeste brasileiro, e beat, palavra inglesa que significa batida. ou seja, é a batida do mangue. Nas letras das músicas, o movimento se fortaleceu como um grito do homem do mangue, abandonado econômica e socialmente. as canções abriram espaço para falar d as desigualdades sociais do recife e de outras cidades do nordeste. Mas além de falar dos problemas, os músicos também convidavam as pessoas para agir. O próprio movimento era uma forma de ação coletiva. na faixa monólogo ao pé do ouvido, Chico Science diz que o homem coletivo sente necessidade de lutar. Foi a necessidade de lutar que levou esse coletivo de artistas nordestinos a se organizar, usando a arte para chamar a atenção do público e provocar reflexões. Organizados, eles conseguiram ultrapassar fronteiras e deixaram o nome marcado na história da música brasileira . dessa forma, puderam comprovar, na prática, que quando nos organizamos podemos desorganizar o sistema e colaborar para que mudanças efetivas possam acontecer na sociedade. Viva Chico Science! viva a nação zumbi! viva o manguebeat!


18/07/2019 22h30 Áudio

Ficha Técnica: Alucinação - de Belchior

QUERO SER BELCHIOR -- Em 2009, o programa fantástico, da rede globo, veiculou uma matéria sobre o sumiço do cantor belchior. Segundo a reportagem, problemas financeiros, familiares e o descontentamento com a carreira teriam levado o músico a viver na reclusão e a deixar o brasil por um tempo. A equipe da televisão encontrou o cantor numa cidade do Uruguai. Belchior simplesmente havia deixado tudo no brasil e partido para uma pequena cidade, onde os vizinhos nem mesmo sabiam quem ele era. Um dos carros do cantor foi abandonado no estacionamento do aeroporto de congonhas, em são paulo, e o flat onde ele morava passou anos de portas fechadas. Me lembro de ter assistido a reportagem e ficar pensando como alguém como o belchior, considerado um dos grandes nomes da nossa música, podia ser capaz de tomar um chá de sumiço daqueles, deixando tudo para trás. Mas analisando a trajetória dele e as próprias músicas, nem é tão complicado entender as motivações. Belchior cansou. e quem não cansa? e quem não tem os seus momentos de estopim, com vontade de largar tudo, sair de casa e não voltar mais? algo muito comum, eu diria, principalmente nos dias de hoje, quando a ficha cai e você percebe que, no escritório em que trabalha e fica rico, quanto mais você multiplica, mais diminui o teu amor. Percebendo que já não era tão moço, nem tão são, nem tão salvo e forte, belchior encontrou na reclusão uma forma sincera de viver os dias que ainda lhe restavam. E teve coragem de colocar o plano em ação. na época, o sumiço pareceu estranho. No fundo, eu acho que a gente tem é inveja do belchior, da coragem de romper com tudo, com todos, sem ligar para a imagem que estava posta, construída e precisava ser alimentada para atender fãs, mídia, família, etc, etc e etc. De fato, belchior nunca se preocupou em dar muitas explicações para os seus atos, inclusive para o tal sumiço. era como se dissesse: vocês já têm o que importa, a minha música e toda a intensidade dela. não precisam de mim, não precisam de mais nada. Afinal: eu sou apenas o cantor.


11/07/2019 22h30 Áudio

Ficha Técnica: Verde Anil Amarelo Cor de Rosa e Carvão - Marisa Monte

Quando a música é uma prece - A natureza e seus fenômenos sempre foram uma fonte de questionamentos e inspirações para o ser humano. Quantos textos, poesias e canções falam sobre o sol, o vento, as flores, as árvores, a água e todas as suas formas de manifestação na natureza? Segue o seco é mais que uma música. É uma verdadeira crônica. Quando escuto, lembro vidas secas, lembro Graciliano ramos, lembro o retirante Fabiano e sua fiel escudeira, a cachorra baleia. Assim como a escrita de Graciliano, os versos de segue o seco transportam o ouvinte para o sertão e toda a sua secura. Quem escuta a música, se sente realmente andando pelo chão rachado, sentindo o calor do agreste e o sol quente no rosto. Mais do que isso, quem escuta a música também sente a fé que ela carrega. Essa fé de quem conversa com a natureza, troca umas palavras com a chuva e pergunta se pode subir aos céus para derramá-la. Essa chuva é uma metáfora divina. Aliás, o que mais seria a natureza do que uma série de demonstrações dessa divindade (ou dessas divindades) nas quais buscamos um pouco de conforto para viver? E mesmo quem não acredita em divindade alguma e vê a natureza apenas como um conjunto de fenômenos, não pode deixar de perceber que ela nos dá lições diárias. Ela coloca o ser humano no seu devido lugar, como uma simples parte da cadeia. Ela nos mostra o quão diminutos somos, mesmo quando insistimos em nos achar superiores. Na natureza não somos maiores, nem menores, somos parte e precisamos uns dos outros para continuar aqui. Com dois acordes, segue o seco fala disso e de muito mais, dependendo da sensibilidade de quem escuta a canção. Aliás, diante de tudo isso, nem acho que se trate de uma canção. Eu diria que é uma prece.


04/07/2019 22h30 Áudio

Ficha Técnica: Ventura - Los Hermanos

Um passeio pelo Linda do Rosário Muita coisa pode servir de inspiração na hora de compor uma música. Mas não se pode negar que o amor é, sem duvidas, a fonte mais inesgotável de inspiração. Tanta gente já compôs sobre amor e ainda há muito para escrever sobre ele, independente do desfecho que as relações amorosas podem ter, porque amor é amor e isso basta. Desfechos trágicos também inspiram canções. Conversa de Botas Batidas, a décima primeira música do álbum Ventura, da banda Los Hermanos, foi inspirada num fato real: o desabamento do hotel Linda do Rosário, no Rio de Janeiro, no ano de 2002. Poucos minutos antes do desabamento, um dos funcionários do hotel relatou ter ouvido barulhos estranhos, alguns estalos vindos da estrutura. Rapidamente ele correu em direção aos quartos e começou a bater nas portas, alertando os hóspedes para que deixassem o local. Num dos apartamentos, onde supostamente estaria um casal, as batidas não foram respondidas. Dois dias após o desabamento, os corpos foram encontrados sob os escombros. Seriam de um homem e uma mulher que viviam um romance secreto e que, entre outras questões, podem ter ficado com receio de deixar o quarto e serem descobertos. Entre uma especulação e outra (porque fantasiar sobre isso chega a ser inevitável) o fato é que, ao compor Conversa de botas batidas, Marcelo Camelo nos leva, com primor, a fazer um passeio pelo hotel Linda do Rosário. Nesse passeio, acompanhamos o diálogo entre do is amantes, conformados com o “começo do fim” de suas vidas, cansados de fugir para amar até o fim. Ali, naquele momento que poderia ser de pânico, de pavor, os amantes estão entregues, conscientes de que o amor é tão maior e que aquela história, finalmente,encontrou o seu lugar, entre os escombros de um velho hotel no Rio de Janeiro.


01/07/2019 10h43 Áudio

Ficha Técnica: A tábua de esmeralda - Jorge Ben Jor

Filosofia, mistérios e estudos herméticos também são assuntos para música. Em 1974, quando lançou a tábua de esmeralda, Jorge Ben Jor não poderia deixar esse tipo de assunto de lado, afinal, ele próprio era um estudioso das ciências ocultas. Consciente de que existe muito mais entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia, Ben Jor se dedicou a muitas leituras e, nesse processo, chegou até o hermetismo. Hermetismo é um estudo baseado na filosofia de Hermes Trismegisto, um legislador e filósofo grego que teria vivido por volta de 1.300 antes de cristo. no entanto, muita coisa sobre ele é considerada especulação. A verdade é que, desde a adolescência, ben jor era um estudioso do esoterismo. A partir disso, conheceu as leis herméticas e achou oportuno criar uma música para falar sobre elas. Foi assim que surgiu a canção Hermes Trismegisto e sua celeste tábua de esmeralda. A música cita importantes questões da teoria hermética, incluindo princípios como o da correspondência, quando diz que o que está no alto é como o que está embaixo. por outro lado, a lei da polaridade é representada pelas imagens do sol e da lua, da terra e do fogo, do sutil e do espesso. dessa forma, Jorge Ben Jor reuniu em uma música conhecimentos que têm sido estudados por séculos e séculos e influenciaram diversas correntes filosóficas e esotéricas. E, mais uma vez, a música aparece como um portal, um caminho para reunir e propagar conhecimento. aliás, será que todo mundo que já ouviu a canção sabe quem é Hermes Trismegisto? certamente não. mas a música pode ser uma porta, um convite para conhecer um universo novo, diferente, de aprofundamento do ser dentro de si mesmo. é isso que as leis herméticas ouvir “Hermes Trismegisto e sua celeste tábua de esmeralda” é muito mais do que simplesmente ouvir uma música. ouvir a canção e refletir sobre o que ela diz é uma oportunidade de mergulhar em si, de transcender. É nessa hora que eu gosto de dizer: a música pode muito mais do que imaginamos!


25/06/2019 08h55 Áudio

Ficha Técnica: Acabou Chorare - Novos Baianos

Simplicidade e alegria em “Acabou Chorare" Quando o disco “Acabou chorare” foi lançado, em 1972, eu não era nem mesmo um sonho na cabeça de alguém. Mesmo assim, o álbum dos Novos Baianos se tornou uma referência dentro das minhas experiências musicais. Ele é considerado uma unanimidade, um marco na música brasileira. Em algumas ocasiões, cheguei a dizer que esse é o disco da minha vida. E sempre o disse simplesmente por ele reunir letras, sonoridades, arranjos e artistas que me provocam. Mas, depois de pesquisar e ler algumas coisas sobre “Acabou chorare”, admito que outros motivos fazem dele o disco da minha vida. O álbum, por si só, é uma provocação. Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor, Luiz Galvão, Baby Consuelo e Moraes Moreira (os Novos Baianos) não estavam muito satisfeitos com os rumos da música brasileira e do próprio país, que vivia os anos cinzentos da Ditadura. Pensando nisso, decidiram fazer um disco leve, que fosse alegre, gostoso de ouvir e, em alguns momentos, engraçado. Era tudo o que nossa música precisava na quele momento! Desse caldeirão de malucos e suas maluquices, nasceram verdadeiras pérolas. E como a vida imita a arte, “Acabou chorare” se tornou, para mim, uma analogia à própria vida, seu dinamismo e simplicidade. Quando tudo está muito cinza, sério dem ais, quadrado, dentro das devidas caixas, a gente lembra que até o zumbido de uma abelha pode virar música e isso é lindo demais! E se as coisas estiverem pesadas, complicadas, eu olho para mim mesma e digo “besta é tu”. Besta é tu por não entender que “p ra ter outro mundo é necessário viver” e que a vida pode ser simples como olhar o sol e festiva como o Maraca domingo. “Acabou chorare”, chega de lágrimas! Vamos todos viver, até porque isso aqui (a vida) não vai durar para sempre.


18/06/2019 10h39 Áudio

Programa Ficha Técnica

“Ficha Técnica” mescla música e conhecimento sobre grandes produções artísticas e vai ao ar às quintas-feiras, 22h, com reprise aos sábados 15h. A Rádio Assembleia está disponível na frequência 89,5 FM para a Baixada Cuiabana e os programas podem ser ouvidos no site da instituição, al.mt.gov.br.