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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Segunda-feira, 29 de junho de 2015 11h21


RESULTADO

Deputado garante a entrega de diagnóstico de escolas cicladas em agosto

Os debates da Assembleia Legislativa sobre o tema começaram em Rondonópolis, passando por Sinop, Alta Floresta, Tangará da Serra, Cáceres, São Félix do Araguaia, Barra do Garças e, por fim, Cuiabá.

FLÁVIO GARCIA / ASSESSORIA DE GABINETE



Audiência publica - Reflexões sobre a escola ciclada. (Foto: Angelo Varela)

O deputado Wilson Santos (PSDB) garantiu que entrega ao governador Pedro Taques, em agosto, um relatório sobre a qualidade do ensino no Estado.

O parlamentar foi quem requereu oito audiências públicas para discutir o ciclo de formação humana, a escola ciclada, em Mato Grosso.

Os debates da Assembleia Legislativa sobre o tema começaram em Rondonópolis, passando por Sinop, Alta Floresta, Tangará da Serra, Cáceres, São Félix do Araguaia, Barra do Garças e, por fim, Cuiabá.

Na capital do Estado, a audiência pública ocorreu no Hotel Fazenda Mato Grosso, na sexta-feira (26), e foi o debate mais duradouro do ciclo de audiências, com mais de seis horas de discussão.

“Vimos de tudo no giro pelos oito polos, como exemplo, municípios que começam com o ciclo de formação humana e encerram o ensino fundamental com o sistema seriado, outros que descartaram o ciclo e voltaram para o seriado e até prefeito que se autodenominou inimigo número um do ciclo”, disse o deputado.

“A educação é muito mais do que o ciclo de formação humana ou a escola seriada. No documento que entregarei ao governador, vou propor metas e prazos”, disse o parlamentar.

Segundo Wilson Santos, uma constatação já é certa, a de que nenhum dos dois sistemas (ciclado ou seriado), conseguem ensinar. “Claro que há exceções, mais a maioria dos estudantes chegam ao final do ensino fundamental sem saber ler, escrever e interpretar”.

Audiência publica - Reflexões sobre a escola ciclada. (Foto: Angelo Varela)

Para o secretário adjunto de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Gilberto Fraga, a escola ciclada é uma organização curricular que permite ao aluno aprendizagem garantida.

“Ao ter defasagem, o aluno tem a oportunidade de não ser reprovado e recuperar a aprendizagem no ano seguinte. Mas é preciso que isso não esteja explícito apenas no papel. Da forma como foi concebido em Mato Grosso, o governo não ofereceu todas as condições para que esse modelo fosse devidamente implantado”, diz.

Conforme Gilberto Fraga, “o aluno da escola ciclada é mais avaliado do que o da seriada. No ciclo de formação humana o aluno é avaliado diariamente e não apenas no bimestre como é o caso da seriada”. Só que para isso ocorrer, segundo o secretário adjunto, é precisa implantar o modelo em sua integralidade e, principalmente, preparar os professores. “Nossos professores não foram preparados para garantir a implantação do ciclo em Mato Grosso”, pontuou.

A oitava audiência pública sobre o ciclo de formação humana teve como motivadora a professora Regina Borges, presidente da União dos Conselhos de Educação de Mato Grosso.

Segundo ela, o foco da educação tem de ser a aprendizagem e não o ensino. Defensora do modelo ciclado, ela afirma que o sistema seriado é definido pelos estudiosos como excludente e faz com que a repetência evidencie a baixa qualidade do ensino.

“A realidade é que os professores de Mato Grosso não foram preparados para o ciclo de formação humana”.

Profissionais do setor, estudantes e autoridades discutiram, por mais de seis horas, o ciclo de formação humana na audiência que teve também a participação do deputado Zé Carlos do Pátio e do prefeito de Nossa Senhora do Livramento, Carlos Roberto da Costa, o Nezinho.


Gabinete do deputado Wilson Santos

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