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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Sexta-feira, 29 de maio de 2015 16h42


OPORTUNIDADE

São Félix do Araguaia e região discutem escola ciclada em audiência

O ciclo de formação humana, implantado no estado há mais de uma década, vem sendo questionado por pais e profissionais da educação. Os pontos de vista são divergentes

FLÁVIO GARCIA / ASSESSORIA DE GABINETE



Deputado Wilson Santos (Foto: Maurício Barbant/ALMT)

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso esteve em São Félix do Araguaia na quinta-feira (28), discutindo com a sociedade do município e região, o ciclo de formação humana, também conhecido como “escola ciclada”. A audiência pública, requerida pelo deputado Wilson Santos (PSDB), faz parte de um ciclo de oito debates. São Félix do Araguaia foi o sexto município a debater a qualidade do ensino no estado.

“Dividimos o estado em oito polos para traçar um caminho e elaborar um documento que será entregue ao governador Pedro Taques”, disse o deputado. Para Wilson Santos, o que se faz com a educação é um crime de lesa pátria. “É um dos crimes mais graves que se pratica contra a geração de crianças e adolescentes”, afirma.

Conforme Wilson Santos, numa análise rápida das audiências, é possível garantir que a aprendizagem é quase zero tanto no modelo seriado, quanto no modelo ciclado. “Estamos concluindo o nosso diagnóstico agora em julho, quando vamos apresentar à sociedade qual é a educação que se oferece em Mato Grosso e esperamos encontrar caminhos, soluções para que a gente possa sair desse absurdo que nos encontramos”, pontuou.

O ciclo de formação humana, implantado no estado há mais de uma década, vem sendo questionado por pais e profissionais da educação. Os pontos de vista são divergentes. A diretora da Escola Estadual Severiano Neves, de São Félix do Araguaia, Márcia Adriana de Barros, por exemplo,  observa que quando o ciclo foi implantado, a forma como chegou à comunidade foi negativa.

 “Criou-se um mito de que o ciclo não tem avaliação, que o ciclo não reprova. Então, o principal obstáculo é vencer essa mentalidade e começar a mostrar quais são os benefícios que o ciclo traz e os seus reflexos na aprendizagem”, disse.

A professora Ivânia Ferreira Costa, que trabalha com o ciclo há cinco anos, aprova o sistema, porém, argumenta que falta estrutura. “Nós não temos a estrutura adequada nas escolas. Temos um nome, a escola ciclada, mas não temos estrutura para trabalhar com os alunos”.

Além de São Félix do Araguaia, a audiência pública já ocorreu em Rondonópolis, Sinop, Alta Floresta, Tangará da Serra e Cáceres. A qualidade no ensino será debatida ainda em Barra do Garças e Cuiabá. Um ponto que chama atenção nas audiências públicas é a participação dos profissionais da educação. Eles apontam as deficiências do ciclo de formação humana, mas argumentam que com a correção das distorções existentes, a escola ciclada é o melhor caminho para a educação no estado.

A palestrante da audiência em São Félix do Araguaia, professora Alvarina de Fátima dos Santos, é defensora do ciclo de formação humana. “Defendo, antes de tudo, a aprendizagem de qualidade. Todos os cidadãos, desde os pequenos até adultos, precisam ser incentivados ao estudo, desde que seja oferecida uma educação de qualidade e excelência, com condições para que os professores possam exercer sua profissão”.

Mais de 200 pessoas de São Félix do Araguaia e região, como professores, vereadores, secretários municipais, representantes do Sintep e do Ministério Público, participaram da audiência pública que ocorreu na Câmara de Vereadores da cidade.

 


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