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Terça-feira, 17 de outubro de 2023 07h00


MATO GROSSO

Várzea Grande é o sétimo município a receber audiência para debater os recursos do BID Pantanal

Nove projetos voltados para o meio ambiente e agricultura familiar foram apresentados como prioridade para receber recursos

ROSANGELA MILLES / Secretaria de Comunicação Social



Foto: JLSIQUEIRA / ALMT

Várzea Grande é o sétimo município a receber a audiência pública para debater os projetos que irão compor o Programa de Desenvolvimento do Pantanal, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento Social – o BID Pantanal. O encontro aconteceu na Câmara Municipal da cidade, na segunda-feira (16).  

Nove projetos voltados para o meio ambiente e agricultura familiar foram apresentados como prioridade para receber recursos do programa em Várzea Grande, entre eles os da cadeia do leite, que visam melhorar e estimular a produção leiteira, construção da casa do mel na zona rural, policultura que irá atender as comunidades do Rio Grande, Formigueiro, Assentamento Sadia um, Sadia três, Dorcelina e a piscicultura.

Além desses projetos, a construção de uma usina de compostagem também foi incluída nas prioridades do município. De acordo com a prefeitura, o Departamento de Água e Esgoto (DAE) recebe diariamente um tipo de ‘lodo orgânico’, que poderá, junto com outros resíduos, como o de corte de árvores e descartes orgânicos, transformá-los em adubo a ser utilizado nas plantações da zona rural.

O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural e Sustentável de Várzea Grande, Jean Lucas, representando o prefeito Kalil Baracat, afirmou que os cerca de R$ 83 milhões destinados a cada um dos 12 municípios “parecem ser muito dinheiro, mas não é, porque são projetos grandes e relevantes”.

Jean disse também que “os nove projetos apresentados contemplam o meio ambiente e a agricultura familiar, já que não é possível incluir projetos como, por exemplo, os da rede de água e esgoto, um dos nossos grandes gargalos, pois o programa não vislumbra essa demanda”.

Presidente da Colônia de Pescadores Z14, Berlane Patrícia de Miranda disse que os projetos da piscicultura não contemplam os pescadores  artesanais. “Nós não precisamos da piscicultura, de tanques para criarmos os peixes. Os ribeirinhos precisam de câmara fria para guardar os peixes e ter como armazenar e vender, de ajuda para comprar barco ou canoa”, disse.

O deputado Wilson Santos (PSB), coautor dos requerimentos das audiências públicas, explicou sobre a importância do projeto para os 12 municípios que serão contemplados e de ouvir a população de forma democrática para a construção de ações nas áreas econômica, social, ambiental e tecnológica.

“Os pescadores representam povos originários, ribeirinhos tradicionais, e o programa BID Pantanal tem o chamado arranjo produtivo,  local que às vezes, através da colônia de pescadores, poderá obter recursos para implantação de projetos que possam aumentar a renda deles”.

Wilson Santos explicou que o programa contempla dois objetivos. “O primeiro é o desenvolvimento sustentável dos municípios pantaneiros e o segundo é a melhoria da qualidade de vida da população pantaneira. Várzea Grande, junto com outros onze municípios, estão construindo o projeto que será submetido a apreciação em Brasília e depois será levado a Washington, nos Estados Unidos, onde fica a sede do Banco Interamericano de Desenvolvimento, para a possível aprovação e provavelmente, daqui a um ano, começar o desembolso financeiro”, argumentou.

A representante do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Janice Elena Ioris Bardal, explicou que a equipe do ministério visitou cerca de 100 comunidades, assentamentos e quilombolas nos doze municípios, junto com os representantes das prefeituras.

“O carro-chefe desse projeto é a renda. Nós temos infraestrutura, educação e sustentabilidade dentro de uma cadeia produtiva, que envolve a piscicultura, cadeia da mandioca, cadeia da cana-de-açúcar, a cadeia do leite, entre outras cadeias que são as comumente trabalhadas nesses municípios. Todas elas têm acesso ao mercado consumidor e têm renda”, explicou.

“Verificamos que esses municípios têm muitas coisas parecidas, os problemas, principalmente, são iguais. Já temos o material para construir a carta com os projetos que englobam os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que seguirá para Brasília para os encaminhamentos necessários”, enfatizou a representante do Mapa.

O deputado Júlio Campos (União) disse que Várzea Grande teve um desenvolvimento populacional explosivo nas últimas cinco décadas e que os recursos do BID Pantanal poderão melhorar a geração de emprego e renda e também o desenvolvimento de obras estruturantes.

“Saímos de cinco mil habitantes nos anos 70 para mais de 300 mil em 2023. É a segunda maior cidade do estado com seríssimos problemas de planejamento, crescimento, desemprego e infraestrutura. Temos dificuldades de abastecimento de água e de esgoto. A perspectiva é que com esses recursos possam alcançar o progresso econômico, social, principalmente da nossa zona rural, que é a região ribeirinha Bonsucesso, Praia Grande, Pai André, Passagem da Conceição, comunidades às margens do Rio Cuiabá que fazem parte da bacia pantaneira”, concluiu.


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