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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Segunda-feira, 12 de agosto de 2019 14h40


CULTURA

‘Tereza de Benguela e a Mulher Negra’ será o tema de roda de conversa promovida por deputado

O evento acontece na próxima quinta-feira (15), no auditório Milton Figueiredo na ALMT

LUCIENE LINS / Gabinete do deputado João Batista



Foto: FABLICIO RODRIGUES / ALMT

O deputado estadual João Batista (Pros) promove na próxima quinta-feira (15), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), a roda de conversa ‘Tereza de Benguela e a Mulher Negra’. O evento tem como objetivo debater as desigualdades sociais e raciais enfrentadas pelas mulheres negras na atualidade.

De acordo com o parlamentar, o encontro será a oportunidade de reviver a história de Tereza de Benguela e fortalecer o combate ao preconceito racial. “Apesar da instituição da Lei 12.987/14, que dispõe sobre a criação do Dia Nacional de Tereza de Benguela, ainda há muito a ser feito para haver igualdade racial no Brasil. Nesta roda de conversa, vamos ter a oportunidade de ouvir a sociedade sobre o tema e os grupos que pautam os movimentos negros em Mato Grosso”, destacou.

Na avaliação do deputado, as discussões vão servir de base para promover políticas públicas e projetos voltados ao tema. “É preciso desenvolver políticas sociais de enfrentamento àquilo que fere os direitos humanos e afeta, principalmente, as mulheres negras. Meu objetivo é trabalhar essa frente”, concluiu João Batista.

Tereza de Benguela

O dia 25 de julho é instituído no Brasil pela Lei n° 12.987 como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola que viveu em Mato Grosso durante o século XVIII. Foi esposa de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho ou do Quariterê, entre o rio Guaporé (a atual fronteira entre Mato Grosso e Bolívia) e a atual cidade de Cuiabá.

Com a morte de José Piolho, Tereza se tornou a rainha do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças de Luís Pinto de Sousa Coutinho e a população (79 negros e 30 índios), morta ou aprisionada.

Tereza de Benguela, assim como outras heroínas negras, é um dos nomes esquecidos pela historiografia nacional. Nos últimos anos, o nome de Tereza tem sido utilizado no engajamento do movimento de mulheres negras e no resgate de documentos históricos, na busca de recontar a história nacional e multiplicar as narrativas que revelam a formação sociopolítica brasileira.

 

Serviço:

Roda de Conversa

Data: 15/08/2019

Local: Assembleia Legislativa de Mato Grosso, auditório Milton Figueiredo.

Horário: 14 horas


Gabinete do deputado João Batista