Quinta-feira, 5 de março de 2020 10h58
TRABALHO
Faissal solicita termo de cooperação para contratar reeducandos em serviços auxiliares na AL
Parlamentar compara que mão de obra de reeducando terá menos custo do que trabalhador comum.
CAROLINA COUTINHO / Gabinete do deputado Faissal
Com o objetivo de ressocializá-los e prepará-los ao mercado de trabalho, o deputado estadual Faissal Calil (PV) requereu à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para firmar o termo de cooperação com a Fundação Nova Chance, unidade vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), para contratação de reeducandos do sistema prisional em serviços auxiliares na Casa de Leis. O requerimento foi apresentado nesta semana, durante sessão plenária.
"Requeremos essa indicação para o recrutamento de pessoas aptas ao trabalho. Tenho reforçado muito aqui na Casa de Leis, principalmente àquelas funções meio e burocráticas, que podem ser exercidas por reeducandos. No entanto, os agentes penitenciários têm classificados, pois tem pessoas habilitadas ao exercício das funções", explicou o deputado Faissal Calil, ao comentar uma notícia que repercutiu em uma emissora de TV em Cuiabá, que o deixou espantado.
"Uma empresa do Paraná foi contratada para servir café nos gabinetes da Casa", afirmou o parlamentar, ao destacar que não tinha conhecimento da contratação do serviço pelo Poder Legislativo.
O deputado justificou que "a reinserção social das pessoas que estão em privação de liberdade é fundamental para uma sociedade sadia. O trabalho dignifica o homem e dá sentido a sua vida, eleva-o social, moral, fisica e familiarmente, assim preparando e mostrando aos apenados formas de contribuições para o desenvolvimento nas várias dimensões da vida".
Segundo Faissal, contratar um reeducando tem custo de mão de obra menor do que trabalhador comum, porém o estigma e o preconceito acabam por marginalizar ainda mais essas pessoas de seu convívio. "Pois cuidar do sistema prisional é cuidar também da segurança pública”, completou.
Ainda, o parlamentar reforçou que "a Casa do Povo tem o dever de romper com essa barreira social e estender a mão para esses homens e mulheres, oferecendo a oportunidade de auxiliá-los na sua recuperação e na assistência familiar por meio do trabalho remunerado".
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