O vice-governador Rogério Salles afirmou na manhã de hoje (11), que os grandes financiamentos tradicionais não são eficazes como a pulverização do crédito em pequenas linhas de financiamento como a aplicada pelo Programa de Crédito Produtivo Popular - o Banco do Povo.

Durante audiência pública que discutiu a viabilidade do banco, Salles parabenizou a Assembléia Legislativa e seu presidente, o deputado Humberto Bosaipo (sem partido), pelo projeto de sua autoria que cria o Banco do Povo em Mato Grosso. “Eles deram a oportunidade de se priorizar e estimular a criação de um mecanismo de geração de emprego e renda, e de se valorizar o micro-empresário. O Banco do Povo gera um grande índice de emprego e de maior desenvolvimento estadual”. Para Bosaipo, o Banco do Povo é uma experiência riquíssima e tem que ter vertente muito clara, antipaternalista, deve ser projeto autosustentável e deve respeitar o meio-ambiente. “Estamos buscando uma política de microcrédito rápido e que está dando certo neste país, principalmente para a população pobre. A política tributarista brasileira tem que estar atenta para as desigualdades regionais”, alertou Bosaipo.

O vice-governador salientou ainda que essa é uma experiência que deve ser levada em conta e que não pode ter o “vício” do governo, de sempre ver tudo grande. Segundo ele, o governo do estado já vem trabalhando há dois anos com o Fundo de Aval, que facilitou acesso ao agricultor, mas ainda é muito limitado por necessitar do sistema de crédito tradicional. “Esse trabalho tem que envolver a participação do governo como fomentador, e também dos municípios e das comunidades. “Acredito nessa idéia como solução”, concluiu Rogério Salles.
Em 11/09/2001