Brasão

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Quarta-feira, 28 de agosto de 2019 12h21


OPERAÇÃO AGENTE ELISSON DOUGLAS

Ulysses fiscaliza obras de reforma da Penitenciária Central do Estado

Unidade prisional está sob o comando do Grupo de Intervenção Rápida (GIR)

LEONARDO HEITOR / Leonardo Heitor



Foto: LEONARDO HEITOR

O deputado estadual Ulysses Moraes (DC) esteve na última semana na Penitenciária Central do Estado (PCE), onde fiscalizou as obras de reforma do local desde a deflagração da Operação Agente Elisson Douglas, iniciada no dia 13 de agosto. A visita foi acompanhada pelo agente penitenciário Agno Sérgio Ramos, que atua no Grupo de Intervenção Rápida (GIR) e ocupa a direção do presídio desde julho.

No local, Ulysses conferiu de perto as mudanças que estão sendo aplicadas pelo GIR nas celas, como aumento no número de vagas, além da retirada de tomadas e ligações elétricas do local onde ficam os reeducandos. A medida tornará inviável, por exemplo, a entrada de celulares no presídio, já que não existirão mais tomadas dentro dos compartimentos.

Para Ulysses, esse tipo de ação é muito importante, tendo em vista que, nos atuais moldes, a PCE estava se transformando em um “quartel-general” do crime em Mato Grosso. De dentro da cadeia, os presos comandavam ações e ordenavam que integrantes de facções criminosas realizassem roubos e até mesmo homicídios.

“Este tipo de ação realizada pelo Estado, através dos agentes penitenciários do Grupo de Intervenção Rápida, impactam diretamente em toda a segurança pública de Mato Grosso, com a diminuição de crimes não só na capital, como também no interior. Tive a oportunidade de acompanhar os trabalhos de reforma nos raios da PCE e isso vai melhorar e muito na redução da criminalidade no estado”, afirmou Ulysses.

Desde a intervenção feita pelos agentes do GIR na PCE, foram apreendidos inúmeros celulares, televisores, ventiladores, aparelhos de som, entre outros itens. As celas estão sendo reformadas, com a retirada de tomadas elétricas. Toda a iluminação e ventilação, por exemplo, será colocada do lado de fora do local onde ficam os reeducandos. O atual diretor da PCE aponta que, com isso, a tendência é um tratamento mais humano aos presos com a consequente diminuição da criminalidade.

“Com essa reforma, realocando os presos de forma mais digna, conseguimos trabalhar no sentido de melhorar a reintegração social, o que por si só é um grande ganho para a segurança pública. Algumas pessoas que acabam sendo presas não têm potencial criminoso, e se o colocamos em uma situação muito ruim, ele provavelmente sairá pior. Acredito que o sistema penitenciário tem que ser uma peça fundamental do governo. É preciso valorizar, principalmente os agentes”, aponta Agno.  

O diretor da PCE afirmou que o principal objetivo no momento é erradicar o uso de telefones celulares dentro da penitenciária. Agno apontou ainda que a ação poderá minar a operacionalização de facções criminosas que atuam dentro da cadeia.

“Queremos zerar os aparelhos telefônicos. Celular em uma unidade prisional é pior até que uma arma, lá dentro. Por ele, o preso poderá cometer vários crimes contra qualquer cidadão. Hoje, nosso maior combate é em relação às facções criminosas, que estão ganhando milhões dentro do cárcere. É o nosso maior foco com as reformas e a nova metodologia que iremos implantar na PCE. Quem ganha com isso é a sociedade, já que a criminalidade diminui drasticamente com estas ações”, apontou.

Agno exaltou a visita do deputado à Penitenciária Central do Estado, destacando que acompanha o trabalho de Ulysses Moraes na ALMT. O diretor da PCE disse ainda que o parlamentar é ferramenta importante neste processo de reestruturação do sistema prisional em Mato Grosso e que passa principalmente na valorização dos agentes penitenciários.

“A ida do deputado Ulysses repercutiu bastante. Eu o acompanho nas redes sociais e ele faz a diferença na Assembleia Legislativa, assim como nós fazemos no sistema penitenciário. Nós não aceitamos as coisas erradas, como às vezes acontece, assim como ele também não. Estamos aí para fazer o melhor para a sociedade e isso vai nos ajudar muito”, completou Agno.


Leonardo Heitor